Justiça

Policial Penal vai a júri popular por morte durante Expoacre e acusações de feminicídio

Foto: Reprodução

A 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco decidiu que o policial penal Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto será julgado por júri popular pela morte de Wesley Santos da Silva, ocorrida durante a Expoacre em agosto de 2023. Além disso, Raimundo Nonato enfrenta acusações de tentativa de feminicídio e importunação sexual contra Rita de Cássia, namorada da vítima.

O juiz Robson Ribeiro, responsável pelo caso, manteve a prisão preventiva de Raimundo Nonato e rejeitou o pedido da defesa para que o réu aguardasse o julgamento em liberdade. Na decisão, o juiz destacou que, embora o réu tenha confessado ser o autor dos disparos que resultaram na morte de Wesley e nos ferimentos em Rita de Cássia, a alegação de legítima defesa apresentada pela defesa não foi considerada convincente nesta fase processual.

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Acre (MP-AC), o crime aconteceu na madrugada do dia 7 de agosto de 2023, durante a Expoacre, em Rio Branco. Raimundo Nonato, movido por um motivo fútil, disparou contra Wesley, matando-o, e em seguida atirou em Rita de Cássia, com a intenção de matá-la. Antes dos disparos, ele ainda importunou sexualmente Rita de Cássia sem o seu consentimento.

O policial penal foi denunciado pelo MP em outubro de 2023, e a Justiça aceitou a denúncia no mesmo mês. A primeira audiência de instrução ocorreu em abril de 2024, seguida pela segunda audiência em junho, quando todas as testemunhas foram ouvidas e o réu foi interrogado.

Além das acusações, Raimundo Nonato também teve seu salário suspenso, conforme confirmado por sua defesa, que argumentou que a família do réu enfrenta dificuldades financeiras. De acordo com o Portal da Transparência do governo do Estado, o último pagamento do policial penal ocorreu em abril deste ano, com um valor bruto superior a R$9 mil.