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Qualidade do ar nas cidades do Acre ultrapassa limites recomendados pela OMS

Nas últimas 24 horas, diversas cidades do Acre registraram níveis de qualidade do ar superiores aos limites mínimos estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em Rio Branco, por exemplo, o valor médio diário alcançou 33 µg/m³ por volta das 22 horas. Outros municípios também apresentaram índices elevados: Sena Madureira com 31 µg/m³, Manoel Urbano com 27 µg/m³ e Xapuri com 26 µg/m³.

Recentemente, os índices de poluição do ar se deterioraram significativamente nas cidades acreanas onde há sensores de monitoramento do sistema Purple Air, utilizado pela Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar. No entanto, devido a problemas na plataforma, este sistema não está operacional no momento. No dia 25 de julho, Rio Branco atingiu quatro vezes o valor mínimo adequado.

Durante o “verão amazônico” no Acre, a redução nos índices de chuva e a baixa umidade relativa do ar aumentam os focos de queimadas, resultando em poluição por partículas de fumaça. Esta situação pode causar sérios problemas de saúde para grupos vulneráveis e, eventualmente, afetar toda a população conforme os níveis de poluição aumentam.

O índice PM2.5, utilizado pela Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar no Acre, refere-se a partículas inaláveis finas com diâmetro inferior a 2,5 micrômetros. Essas partículas podem penetrar nos pulmões e na corrente sanguínea, ocasionando graves problemas de saúde, especialmente para os pulmões e o coração.

Segundo a OMS, mais de 90% das pessoas no mundo estão expostas a níveis de PM2.5 que excedem as diretrizes estabelecidas. O nível médio mínimo recomendado para esse tipo de poluição é de 15 µg/m³ para um período de 24 horas e de 5 µg/m³ para um ano.

A exposição a essas partículas finas pode causar tosse, dificuldade respiratória, agravamento da asma e desenvolvimento de doenças respiratórias crônicas. Apesar de ser o menor tipo de poluente, o PM2.5 é considerado um dos mais perigosos pela OMS, sendo produzido pela queima de combustíveis fósseis, tempestades de poeira e incêndios florestais, entre outras fontes.

Em 2023, a cidade brasileira com o pior índice de poluição foi Xapuri, no Acre, conforme o relatório World Air Quality, da empresa suíça IQAir. O estudo identifica as cidades e países com a pior qualidade de ar no mundo.