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Quase metade dos focos de queimadas no Acre ocorreram nos primeiros 15 dias de agosto

Um relatório elaborado pelos órgãos ambientais do governo revela que o Acre registrou 1.328 focos de queimadas entre janeiro e 15 de agosto de 2024. Desses, 588 ocorreram apenas nos primeiros 15 dias de agosto, representando 44% do total de queimadas no estado até agora.

Em resposta à situação, o governo, por meio da Operação Fogo Controlado, intensificou os esforços do Corpo de Bombeiros nas cidades mais afetadas. Na quinta-feira, 15 de agosto, uma equipe foi enviada para o município de Jordão para reforçar tanto as ações educativas quanto o combate direto aos incêndios.

A situação das queimadas tem afetado gravemente a qualidade do ar em todo o Acre. De acordo com o Cigma, os níveis de material particulado na atmosfera estão em níveis alarmantes. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a média diária de concentração de partículas não ultrapasse 15 µg/m³. No entanto, Rio Branco registrou uma média de 87,16 µg/m³ na última quinta-feira, sendo a cidade mais crítica. Santa Rosa do Purus e Manoel Urbano também apresentam índices preocupantes, com 77,15 µg/m³ e 72,74 µg/m³, respectivamente.

Marcos Malveira, coordenador do Centro de Operações de Emergência em Saúde, alerta que esses índices de poluição do ar têm um impacto direto na saúde da população, podendo sobrecarregar as unidades de saúde e agravar condições clínicas existentes. “A fumaça contém partículas finas que podem irritar os olhos, nariz e garganta, além de piorar doenças respiratórias como asma e bronquite. A baixa umidade do ar também resseca as vias respiratórias e a pele, aumentando o risco de infecções respiratórias. Para nos proteger, é essencial manter a hidratação, bebendo bastante água ao longo do dia para aliviar a irritação das vias aéreas superiores”, recomenda Malveira.