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Suécia confirma primeiro caso fora da África do Clado 1b de mpox, variante mais grave da doença

Partículas do vírus da mpox vistas em microscópio eletrônico. — Foto: NIAID

A Suécia confirmou nesta quinta-feira (15) seu primeiro caso do “tipo mais grave” de mpox, uma variante que recebeu esta semana o mais alto nível de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS). O ministro da Saúde sueco, Jakob Forssmed, anunciou que o país identificou um caso da variante Clado 1, especificamente o Clado 1b, que é responsável pelo recente aumento de casos na África.

O Ministério da Saúde da Suécia informou à agência AFP que a infecção do paciente foi adquirida durante uma viagem ao continente africano, onde o surto de mpox do Clado 1b está em curso. Este é o primeiro caso de Clado 1b identificado fora da África, segundo o governo sueco.

O Clado 1b é uma variante preocupante, pois parece se espalhar mais facilmente por meio de contatos próximos, como os que ocorrem entre crianças. Além do Clado 1b, existem outras variantes do vírus, incluindo o Clado 1a, presente na Bacia do Congo e com uma taxa de mortalidade de até 10%, o Clado 2a, que ocorre na África Ocidental e tem baixa mortalidade, e o Clado 2b, que causou o surto global de 2022.

A virulência e a transmissão dessas variantes ainda são pouco compreendidas, e não está claro se as diferenças se devem a fatores comportamentais e ambientais ou se o vírus está se adaptando a novos hospedeiros.

A mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, foi identificada pela primeira vez em 1958 em colônias de macacos, mas apenas em 1970 foi detectada em humanos. O surto global de 2022, no entanto, não envolveu primatas; todas as transmissões foram de pessoa para pessoa.

Em resposta ao estigma associado ao nome “varíola dos macacos”, a OMS iniciou um processo de consulta pública para renomear a doença, resultando na adoção do termo “mpox” para reduzir o racismo e o estigma.