De acordo com a plataforma suíça de monitoramento da qualidade do ar, IQAir, a Amazônia Ocidental, onde o Acre está localizado, foi identificada como a região mais poluída do mundo no último mês. A capital acreana, Rio Branco, registrou índices de poluição duas vezes maiores em comparação ao mesmo período do ano passado.
A qualidade do ar na capital é considerada “Perigosa”, com níveis de poluentes atmosféricos mais de 26 vezes acima do limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Nesta quarta-feira, 4 de setembro, Rio Branco liderava o ranking das capitais mais poluídas do Brasil, ultrapassando cidades reconhecidas por seus altos níveis de poluição, como Porto Velho, que anteriormente ocupava a primeira posição.
A situação crítica é atribuída aos incêndios florestais, que aumentaram a emissão de poluentes, colocando o Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima à frente de países como Índia, Paquistão e China, conhecidos por enfrentarem sérios problemas relacionados à qualidade do ar.
Atualmente, o índice de poluição em Rio Branco é 60 vezes maior do que o limite seguro estipulado pela OMS, que é de 15 µg/m³.
Estado de emergência no Acre
O governador do Acre, Gladson Cameli, declarou situação de emergência ambiental em junho deste ano, devido à redução dos níveis de chuva, baixos volumes de água nos rios e o aumento dos riscos de incêndios florestais em todo o estado.
O decreto do governo destaca que a previsão para os próximos meses é de uma redução ainda maior nas precipitações, com elevação das temperaturas e queda na umidade relativa do ar. Além disso, os rios do Acre devem apresentar níveis historicamente baixos, agravando a situação de seca prevista para 2024.
Entre os impactos esperados estão dificuldades no transporte de alimentos e pessoas, além do isolamento de algumas áreas devido à redução do nível dos rios. O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima já havia declarado estado de emergência no Acre, em abril deste ano, devido ao risco de incêndios florestais. A portaria, publicada em 25 de abril de 2024, prevê um cenário de risco até novembro.
informações via Ac24horas.