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Homem é morto a facadas em casa de acolhimento em Rio Branco após recusar trocar canal de TV

Perícia esteve no local após o ocorrido — Foto: Divulgação

Um homem de 59 anos, identificado como Davi Johnson Falcão Vieira, foi brutalmente assassinado a facadas neste domingo (22) após se recusar a trocar o canal da televisão em uma casa de acolhimento no bairro Santa Helena, Segundo Distrito de Rio Branco. O suspeito do crime, que não teve a identidade divulgada, queria assistir a um jogo de futebol e, diante da negativa de Vieira, atacou-o violentamente.

Ambos eram internos da Casa de Acolhimento Monte Sinai, uma instituição destinada a acolher pessoas com vícios em drogas, álcool ou com problemas mentais, supostamente gerida pela igreja Assembleia de Deus. A polícia foi acionada após o ataque. Quando os militares do 2° Batalhão da Polícia Militar do Acre (PM-AC) chegaram ao local, encontraram o suspeito sendo perseguido por moradores da comunidade. Ele foi preso em flagrante com a faca utilizada no crime.

Picolezeiro Davi Johnson Falcão Vieira, tinha 59 anos e tentava se livrar de vício em álcool em casa de acolhimento quando foi morto — Foto: Arquivo pessoal

Após a prisão, os policiais se dirigiram à cena do crime, onde encontraram a vítima agonizando. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, mas, ao chegar, constatou o óbito. A perícia foi realizada pela Polícia Técnica, e o corpo de Vieira foi removido para o Instituto Médico Legal (IML).

Durante o depoimento, o suspeito confessou o crime, alegando ter ficado furioso após a vítima não mudar o canal da televisão. Ele foi encaminhado à Delegacia de Flagrantes (DEFLA), onde será autuado.

Eunice Falcão, irmã da vítima, concedeu uma entrevista emocionada à Rede Amazônica, explicando que seu irmão estava na casa de acolhimento para tratar o vício em álcool e estava determinado a se recuperar. “Meu irmão bebia muito, mas era um homem trabalhador. Ele decidiu se libertar do vício e estava internado há três meses. Ele sempre voltava para nos ver e depois retornava à casa de acolhimento. Hoje, recebi a notícia de que meu irmão foi assassinado”, disse ela.

Eunice, visivelmente abalada, questionou a responsabilidade pela tragédia. “Estou aqui no IML para reconhecer o corpo dele e quero justiça. Meu irmão não fazia mal a ninguém, ele era um picolezeiro, trabalhador. Agora, estou me perguntando: de quem é a responsabilidade? Da prefeitura?”, desabafou.

A Prefeitura de Rio Branco informou que a casa de acolhimento Monte Sinai não está sob sua responsabilidade, mas sim da igreja Assembleia de Deus. Até o momento, não houve resposta da instituição religiosa sobre o ocorrido.