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Piloto desaparecido na Venezuela já tinha sofrido acidente aéreo em Rio no Acre

Pedro Rodrigues Neto mora no Rio de Janeiro e levaria aeronave do Espírito Santo para o Pará — Foto: Reprodução

Pedro Rodrigues Parente Neto, conhecido como Pedro Buta, está desaparecido desde 1º de setembro. O piloto, que sofreu um acidente aéreo em maio deste ano no Acre, foi visto pela última vez na Venezuela, onde havia levado uma aeronave para um empresário brasileiro do ramo de mineração.

O Acidente no Acre

Em 20 de maio, Pedro Buta e Wesley Evangelista Lopes estavam a bordo de um Cessna Aircraft 150H quando a aeronave caiu no Rio Tarauacá, em Tarauacá, no interior do Acre. Ambos sobreviveram ao acidente. Pedro Buta afirmou que a aeronave deveria retornar ao Pará, mas devido à falta de locais para abastecimento, optou por usar o Acre como rota alternativa.

A versão oficial indicou a presença de um terceiro tripulante, Genésio Rodrigues de Olinda, que teria se ferido durante o acidente. No entanto, Pedro Buta contestou essa informação, alegando que Genésio estava em um barco e não na aeronave.

Wesley Evangelista Lopes, que foi preso por tráfico internacional de drogas em 2019, era o contratante do voo. Buta revelou que só conheceu a ficha criminal de Lopes após o acidente e garantiu que não teria aceitado participar de atividades ilícitas.

Desaparecimento na Venezuela

Pedro Buta foi contratado por Daniel Seabra de Souza, um empresário brasileiro, para transportar uma aeronave de Goiânia para a Venezuela. O piloto foi visto pela última vez em Caicara del Orinoco, na região central da Venezuela, onde deveria entregar um monomotor Bellanca Aircraft. O último contato com a família foi em 1º de setembro, e desde então, não se teve mais notícias.

Daniel Seabra relatou que Buta desapareceu após uma estadia em uma fazenda na Venezuela. O empresário revelou que Buta não respondeu suas mensagens e que uma pessoa desconhecida teria acompanhado o piloto.

Investigação e Questões Legais

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que o último plano de voo registrado para a aeronave foi em 17 de agosto, com destino a uma fazenda em Amajari, Roraima. O sinal do avião foi perdido ao entrar em espaço aéreo sem cobertura de radar, e não há registros de nova decolagem.

O Ministério das Relações Exteriores está acompanhando o caso por meio da Embaixada do Brasil em Caracas e prestando assistência consular à família de Pedro Buta. A Polícia Federal investiga o desaparecimento do piloto, enquanto a suspeita de que a aeronave tenha entrado ilegalmente na Venezuela complica ainda mais a situação.

A mãe de Pedro, Maria Eugenia Buta, expressou sua preocupação com a falta de notícias e pediu urgência nas buscas para encontrar seu filho.

Via G1 RIO