A Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) do Acre decidiu manter a suspensão das aulas nesta segunda-feira (9) em sete municípios onde a qualidade do ar foi classificada como “péssima”. As aulas na rede estadual estão suspensas desde quinta-feira (5), afetando alunos em Rio Branco, Porto Acre, Brasiléia, Epitaciolândia, Santa Rosa do Purus, Manoel Urbano e Sena Madureira.
A plataforma de monitoramento da qualidade do ar, IQ Air, classifica os níveis de poluição em seis categorias: “Bom”, “Moderado”, “Insalubre para grupos sensíveis”, “Insalubre”, “Muito insalubre” e “Perigoso”. Desde o início da semana, o Acre foi classificado na categoria “Perigoso”, o nível mais alto.
Em Rio Branco, 22 mil estudantes da rede municipal também estão sem aulas desde a última terça-feira (3) devido à densa fumaça que encobre a capital. A secretária de Educação de Rio Branco, Nabiha Bestene, ainda não confirmou se a suspensão será mantida na segunda-feira (9).
Nos últimos dias, uma espessa camada de fumaça causada por queimadas no Acre e nos estados vizinhos, como Amazonas e Rondônia, elevou os níveis de poluição do ar a níveis críticos. A cidade de Rio Branco foi registrada como uma das capitais mais poluídas do Brasil.
Outros municípios, como Xapuri (132,75 µg/m³) e Assis Brasil (134,93 µg/m³), também enfrentam níveis de poluição acima dos limites recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabelece como tolerável até 15 µg/m³.
O secretário de Educação e Cultura do Acre, Aberson Carvalho, justificou a suspensão das aulas como parte do protocolo de crise para proteger as crianças e adolescentes. Ele afirmou que novas informações sobre o retorno das atividades escolares serão divulgadas em breve.
Desde quarta-feira (4), o governo tem publicado boletins diários com o monitoramento da qualidade do ar. Entre as ações para mitigar os impactos da fumaça estão:
O desfile cívico de 7 de setembro também foi suspenso devido à alta poluição.