POLITICA

Alejandro Toledo, ex-presidente do Peru, é condenado a 20 anos de prisão por esquema de propinas da Odebrecht

O ex-presidente do Peru, Alejandro Toledo, foi condenado a 20 anos e seis meses de prisão pela Justiça peruana por envolvimento em um esquema de corrupção ligado à construtora brasileira Odebrecht. A condenação veio após Toledo, que governou o país entre 2001 e 2006, ser considerado culpado de receber US$ 35 milhões (aproximadamente R$ 200 milhões) em propinas em troca de favorecer a empresa em contratos públicos.

A decisão foi anunciada pela Suprema Corte do Peru na segunda-feira (21/10/2024), durante uma audiência que contou com a presença do ex-presidente, de 78 anos. Segundo os promotores, Toledo teria recebido os subornos para garantir que a Odebrecht vencesse a licitação para a construção de uma estrada ligando o litoral sul do Peru à Amazônia brasileira.

Apesar de negar as acusações de lavagem de dinheiro e conluio durante o julgamento, que durou um ano, Toledo foi condenado com base nas provas apresentadas. A Odebrecht, agora chamada de Novonor, está no centro de um dos maiores escândalos de corrupção da América Latina, após admitir em 2016 que subornou autoridades em mais de uma dezena de países para garantir contratos de obras públicas.

Na semana anterior à condenação, Toledo havia solicitado à Suprema Corte o direito de cumprir a pena em casa, alegando estar em tratamento contra um câncer.