Justiça

Homem é condenado a 15 anos de prisão por matar o próprio irmão em disputa por terras no Acre

Jovem Rosenildo da Silva Amaral, 25 anos, foi morto pelo irmão no interior do Acre — Foto: Arquivo pessoal

A Justiça do Acre condenou Mariano da Silva Amaral, de 27 anos, a 15 anos e 2 meses de prisão em regime fechado pelo assassinato de seu irmão, Rosenildo da Silva Amaral, durante uma disputa por terras em Brasiléia, interior do estado. O crime, ocorrido em 12 de junho deste ano, foi julgado na Vara Criminal da Comarca de Brasiléia na última sexta-feira (25), e a sentença foi proferida pelo juiz Clovis de Souza Lodi. Mariano foi condenado por homicídio qualificado, motivado por futilidade, e deverá cumprir pena no Complexo Penitenciário de Rio Branco. Além disso, o Tribunal do Júri determinou que o réu pague uma indenização de R$ 20 mil aos familiares da vítima.

Segundo a denúncia do Ministério Público do Acre (MP-AC), a briga entre os irmãos ocorreu em uma propriedade no Ramal da Pinda, próximo à BR-317, no km 59 da Estrada do Pacífico. De acordo com a acusação, ambos estavam roçando a área quando começaram a discutir. Rosenildo teria pedido que Mariano deixasse o local, mas, ao se virar para continuar o trabalho, foi atacado pelo irmão com um golpe de foice que o atingiu fatalmente no pescoço. A violência foi tamanha que quase provocou a decapitação da vítima. Após o crime, Mariano fugiu do local em uma motocicleta.

A Polícia Civil do Acre relatou que a motivação do crime foi uma disputa pela divisão de terras da família, que não foi aceita por Mariano, que exigia uma parte maior. Agentes da Polícia Civil e do Instituto Médico Legal (IML) tiveram dificuldades para chegar ao local do homicídio devido à distância e às condições de acesso na mata, a aproximadamente 30 km da estrada principal.

A decisão judicial destacou que o crime foi cometido com violência extrema, o que impediu a substituição da pena privativa de liberdade por medidas restritivas de direitos. Segundo a prefeitura de Brasiléia, Rosenildo já havia registrado anteriormente um boletim de ocorrência contra o irmão, indicando uma ameaça prévia à sua vida.