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Queda de avião em Rio Branco completa um ano com vítima ainda não identificada e investigação em andamento

No dia 29 de outubro de 2023, um avião da empresa A.R.T. Táxi Aéreo caiu em uma área de mata logo após decolar do Aeroporto Internacional de Rio Branco, no Acre, deixando 12 pessoas mortas. Um ano depois, as famílias ainda aguardam a conclusão da investigação e a declaração de óbito de Francisco Eutimar, a única vítima não identificada até o momento.

Por volta das 7h20, a aeronave Caravan levantou voo com destino a Envira (AM). Cerca de um minuto depois, caiu e explodiu, vitimando os 12 ocupantes: o piloto, o copiloto, seis homens, três mulheres e uma criança de 1 ano e 7 meses. A maioria dos passageiros retornava ao Amazonas após tratamento médico no Acre. A explosão carbonizou todos os corpos, complicando o processo de identificação.

A investigação do acidente, conduzida pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), está em 55%. De acordo com o Cenipa, não há prazo para a conclusão, pois o tempo varia com a complexidade de cada caso. O objetivo é identificar fatores que possam evitar futuros acidentes, e não atribuir culpa.

A identificação das vítimas foi dificultada pelo alto grau de carbonização dos corpos, o que exigiu técnicas avançadas de extração de DNA. Segundo Mônica Paêlo, perita criminal, a condição dos corpos complicou o acesso ao DNA, um desafio enfrentado pela genética forense. Apesar dos esforços, Francisco Eutimar Bernardo de Souza não pôde ser identificado, mesmo com amostras de DNA de familiares.

Tereza Barbosa, prima de Eutimar e tia de Francisco Alexsander Barbosa Bezerra, outra vítima do acidente, foi a última familiar a vê-los com vida, durante um almoço em sua casa no dia anterior à tragédia. A ausência de Eutimar continua a afetar a família, especialmente seu filho, que tinha apenas dois meses quando perdeu o pai. A família luta pela declaração de óbito para garantir os direitos da criança.

Com o processo de declaração de morte presumida ainda aberto, Tereza pede celeridade às autoridades, para que o filho de Eutimar tenha acesso aos direitos que lhe são devidos. A família espera que, ao menos, este reconhecimento ajude a aliviar a dor da perda e a sustentar o futuro do menino.

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