POLITICA

75% apoiam indiciamento de Bolsonaro e apenas 9% são contrários, aponta levantamento

Um levantamento realizado pelo instituto Nexus revelou que o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela Polícia Federal conta com forte apoio nas redes sociais. A análise, que considerou 3,8 mil postagens no Instagram, Facebook e X (antigo Twitter) entre os dias 21 e 22 de novembro, aponta que três a cada quatro publicações opinativas (75%) são favoráveis à medida.

O relatório final das Operações Tempus Veritatis e Contragolpe, divulgado pela PF na quinta-feira, 21, atribui a Bolsonaro e seus aliados crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. As penas somadas podem chegar a 28 anos de prisão.

Postagens com alto engajamento refletem reprovação

Das publicações que acumulam quase 95% do engajamento (reações, comentários e compartilhamentos), 28% demonstram apoio à atuação da Polícia Federal, enquanto apenas 9% são contrárias. A maioria (63%) permanece neutra, mas, entre os posts opinativos, o apoio ao indiciamento é expressivo: 75% são favoráveis contra apenas 25% contrários.

X lidera aprovação ao indiciamento

A rede social X (antigo Twitter) registrou os índices mais altos de aprovação, com 46% das publicações apoiando o indiciamento, enquanto 37% foram neutras e 18% contrárias.

Instagram e Facebook: menor oposição, mais neutralidade

No Instagram, 17% das publicações se posicionaram a favor da investigação, com apenas 2% contrárias. A grande maioria (82%) manteve um tom neutro. Já no Facebook, 21% das postagens foram favoráveis ao indiciamento, contra 9% desfavoráveis e 70% neutras.

Reações rápidas ao anúncio

O pico de engajamento ocorreu entre 15h30 e 16h do dia 21, pouco após a divulgação do relatório da PF, mostrando o impacto imediato do tema no debate público.

Os números refletem uma crescente reprovação a Jair Bolsonaro e seus aliados, destacando uma mudança no tom das discussões públicas sobre o ex-presidente em meio ao avanço das investigações criminais.

Com informações do ESTADÃO