SENA MADUREIRA

Herdeiros de seringal invadido apresentaram documentos comprovando a posse da área e devem solicitar reintegração de posse

Documento comprova a aquisição do seringal pelos irmãos Etivaldo e Antônio Diniz em 1984/Foto: Reprodução.

Os herdeiros do seringal invadido há quase dois meses, localizado às margens do rio Iaco, na zona rural de Sena Madureira, devem protocolar, na próxima segunda-feira (19), um pedido de reintegração de posse. Munidos de documentos que comprovam a propriedade de 33 mil hectares, referentes aos seringais Sacado e Ipiranga, eles pretendem reaver a área, que está sendo ocupada ilegalmente.

Izabel Diniz, uma das herdeiras que fala em nome da família, explicou que os seringais foram adquiridos em 1984 por seus pais, Etivaldo Ferreira Diniz e Antônio Ferreira Diniz, que formaram a sociedade “Etivaldo Diniz e Irmão” (CNPJ 04.093.795/0001-80). Segundo ela, a compra foi formalizada por meio de escritura pública de compra e venda. A área inicialmente georreferenciada era de 43.961 hectares, mas, após regularização, a área certificada passou a ser de 33.044 hectares.

Mapa georreferenciado da propriedade detalha a área de 33.044 hectares legalmente registrada/Foto: Reprodução.

“Em 2014, firmamos um acordo no qual cedemos a área excedente, de aproximadamente 10.895 hectares, à União, como terras devolutas”, explicou Izabel, apresentando os documentos comprobatórios da aquisição.

Apesar de seus esforços para dialogar com os líderes dos invasores, que foram informados sobre a documentação e a legalização da área, Izabel afirmou que os invasores recusaram qualquer negociação. “Há uma área de 10 mil hectares vizinha aos nossos seringais, que pertence à União, mas eles preferiram invadir a nossa terra, que está toda legalizada”, disse.

Escritura pública de compra e venda comprova a aquisição do seringal pelos irmãos Etivaldo e Antônio Diniz em 1984/Foto: Reprodução.
Documento comprova a aquisição do seringal pelos irmãos Etivaldo e Antônio Diniz em 1984/Foto: Reprodução.

Izabel também mencionou que todas as ações criminosas foram comunicadas às autoridades competentes, e agora a família aguarda o andamento das diligências e a decisão judicial sobre a reintegração de posse. “Estamos no aguardo da reintegração de posse”, acrescentou.

Quanto às denúncias de omissão das polícias Civil e Militar em Sena Madureira, que foram mencionadas em uma reportagem anterior, ambas as corporações se manifestaram, com a Polícia Militar emitindo uma nota na sexta-feira (15) e a Polícia Civil se pronunciando no sábado (16).