Um médico peruano de 61 anos, que atua em unidades de saúde do Acre e do Amazonas, está sendo investigado por importunar sexualmente uma paciente durante um atendimento ginecológico no hospital de Guajará, no Amazonas, cidade próxima a Cruzeiro do Sul. O caso ocorreu na última quarta-feira (13) e foi registrado pela vítima com o uso de um celular.
Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o profissional, que é ginecologista, abrindo a calça e exibindo o órgão genital enquanto conversava com a paciente. Ele ainda gesticula para que a mulher se aproxime, apontando para as partes íntimas. A paciente, visivelmente desconfortável, recusa as ações e afirma: “Hoje não dá, infelizmente, não dá.”
Após o ocorrido, a paciente procurou a Polícia Civil e registrou a denúncia. Em depoimento, ela relatou que já havia sido alvo de condutas semelhantes em consultas anteriores, mas não havia denunciado antes. Desta vez, decidiu gravar a interação para obter provas.
A direção do hospital de Guajará afastou imediatamente o médico e iniciou um procedimento administrativo para investigar o caso. O delegado Adenilson Carlos, responsável pela investigação, informou que o médico foi ouvido e alegou ter tido um relacionamento anterior com a paciente.
O profissional é integrante do quadro efetivo da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) e também do Amazonas. Além de atuar no hospital de Guajará, ele trabalha no Hospital da Mulher e da Criança do Juruá, que atende mulheres de várias regiões do Acre e cidades vizinhas do Amazonas.
De acordo com o Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) e do Amazonas (CRM-AM), o médico possui registros em situação regular e especialização em ginecologia e obstetrícia.
Em nota oficial, a Secretaria de Saúde do Acre afirmou que as medidas cabíveis, incluindo o afastamento do médico, estão sendo analisadas com base nas investigações e na legislação vigente. A Sesacre reiterou seu compromisso com a transparência, ética profissional e colaboração com as apurações.
O delegado Adenilson Carlos confirmou que as investigações estão em andamento e que as imagens gravadas pela vítima já foram analisadas. A mulher informou que chegou acompanhada à consulta, mas precisou ficar sozinha com o médico em determinado momento, quando a porta do consultório foi trancada.
O caso segue em apuração, e as autoridades buscam esclarecer todos os fatos para garantir que medidas adequadas sejam tomadas. A repercussão do caso tem gerado indignação na comunidade local e nas redes sociais.