SENA MADUREIRA

Moradora deficiente visual da Boca do Caeté denuncia falta de água e descaso

Uma moradora da Boca do Caeté, em Sena Madureira, procurou a imprensa para denunciar a falta de água na comunidade e o descaso das autoridades com a situação. A moradora, que é deficiente visual, relata que o problema já persiste há muito tempo e que as reclamações feitas à concessionária de água não têm sido atendidas.

“O abastecimento de água aqui não é bom”, afirma a moradora. “O homem é pra jogar água um dia sim, um dia não, e muitas vezes ele vem, joga água, mas não joga muita água. Cai pouca água, nem enche as caixas, nem dá de a gente lavar roupa. Aí passa de três, quatro dias sem vir jogar água e a gente fica aqui esperando ele vir jogar água”.

A situação é ainda mais crítica para a moradora, que por ser deficiente visual, não pode buscar água em outros locais. “Eu sou deficiente visual, não posso ir atrás de água por aí, conto com essa água e muitas vezes fico aqui até sem tomar banho porque ele não vem jogar água”, desabafa.

A moradora relata ainda que o problema se agravou nos últimos dias. “Ontem era para ele jogar água, ele nem veio, hoje ele não veio ainda, nós estamos aqui sem água. Eu já reclamei para o chefe, o chefe não faz nada”, conta.

Ela lembra que em outra ocasião, um funcionário diferente realizou o abastecimento de água de forma satisfatória por 15 dias, o que demonstra que o problema não é a falta de água, mas sim a falta de compromisso da concessionária com a população.

“Um dia desse, um rapaz passou 15 dias aqui, jogava água, a gente lavava roupa, fazia tudo e nunca ficamos sem água”, recorda. “E ele não joga água suficiente. Nós pagamos o talão e pagamos caro e queremos água”.

A moradora faz um apelo para que as autoridades tomem providências e resolvam o problema da falta de água na comunidade. “Então, por isso que nós estamos aqui reclamando, para que o senhor possa divulgar e para que esteja uma melhoria, tomem uma providência, porque isso já faz muito tempo que está desta forma e a gente reclama e nada é resolvido”, finaliza.