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STJ concede liberdade provisória a Nego Di com restrições severas

O influenciador e humorista Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di — Foto: Arquivo Pessoal

O influenciador digital Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, teve sua liberdade provisória concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta quarta-feira (27). A decisão, proferida pelo ministro Reynaldo Soares da Fonseca, da 5ª Turma do STJ, é válida até o julgamento do mérito do habeas corpus solicitado pela defesa. Não há data definida para a apreciação do recurso.

Entre as medidas cautelares impostas ao influenciador estão:

  • Comparecimento periódico em juízo para justificar suas atividades;
  • Proibição de mudar de endereço sem autorização judicial;
  • Proibição de deixar a comarca sem prévia comunicação;
  • Recolhimento do passaporte;
  • Proibição de frequentar ou usar redes sociais.

Até o final da tarde desta quarta-feira, Nego Di ainda permanecia preso na Penitenciária Estadual de Canoas, no Rio Grande do Sul.

Relembre o Caso

Nego Di, ex-participante do Big Brother Brasil 2021, é réu por crimes de estelionato qualificado e lavagem de dinheiro. Ele e seu sócio, Anderson Boneti, são acusados de operar um esquema fraudulento através da loja virtual Tadizuera. Entre março e julho de 2022, mais de 370 pessoas alegaram ter sido lesadas ao adquirir produtos como televisores e eletrodomésticos que nunca foram entregues.

A investigação aponta que a movimentação financeira em contas ligadas a Dilson ultrapassa R$ 5 milhões. A Polícia Civil afirma que o influenciador utilizava sua imagem pública para aumentar o alcance dos anúncios, atraindo vítimas de diversas partes do Brasil e até de outros países.

Além do caso atual, Nego Di acumula outras polêmicas:

  • Após sua participação no BBB 21, foi investigado por promover rifas irregulares em redes sociais;
  • Em maio de 2024, foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul a excluir publicações que continham fake news relacionadas às enchentes na região de Canoas. Ele havia divulgado informações falsas, incluindo imagens de cadáveres que não correspondiam à tragédia local.