O Acre figura entre os estados com as menores taxas de vacinação contra o HPV no Brasil, conforme dados divulgados nesta semana pelo Ministério da Saúde. A imunização, voltada para meninas e meninos de 9 a 14 anos, é parte de uma estratégia nacional para prevenir o vírus, conhecido por causar infecções e estar associado ao desenvolvimento de cânceres como o de colo de útero.
Enquanto a média nacional de vacinação se aproxima de 90% no público-alvo, estados como Rio de Janeiro, Amapá, Roraima, Distrito Federal e o próprio Acre registram índices abaixo do esperado.
Entre 2022 e 2023, o Brasil alcançou um crescimento de 42% no número de doses aplicadas, saltando de 4,3 milhões para 6,1 milhões. O aumento foi mais expressivo entre os meninos, com crescimento de 70%, em comparação aos 16% registrados entre as meninas. No entanto, desde o início da vacinação em 2014, a cobertura entre os meninos ainda é 24,2 pontos percentuais menor que a das meninas.
Para reduzir essas disparidades, o Ministério da Saúde tem intensificado as campanhas de imunização nas escolas, com o objetivo de alcançar adolescentes que têm menor frequência nas unidades de saúde. Segundo Eder Gatti, diretor do Programa Nacional de Imunizações, essas ações são essenciais para ampliar o alcance da vacinação.
“Precisamos fortalecer a vacinação nas escolas para aumentar a cobertura vacinal e proteger o público adolescente”, destacou Gatti.
Além disso, as campanhas passam a incluir adolescentes de 15 a 19 anos que não receberam a vacina na faixa etária recomendada. No Acre, a expectativa é que as ações ajudem a reverter os índices baixos, promovendo maior proteção contra o HPV e suas consequências para a saúde pública.