ECONOMIA

Dólar sobe para R$ 6,19 e Bolsa registra queda com incertezas sobre emendas parlamentares

Em um dia de poucas negociações no mercado financeiro e sem intervenção do Banco Central (BC), o dólar comercial fechou o dia a R$ 6,193, com uma alta de 0,26%. A moeda norte-americana chegou a ultrapassar os R$ 6,21 durante a sessão, mas desacelerou no final. Em apenas uma semana, o dólar registrou uma alta de 2%.

O BC realizou apenas uma intervenção nesta quinta-feira (26), vendendo US$ 3 bilhões das reservas internacionais. No total, em dezembro, a autoridade monetária injetou quase US$ 31 bilhões no mercado de câmbio, o maior valor mensal desde a adoção do regime de metas de inflação, em 1999.

Enquanto isso, o mercado de ações enfrentou um dia tenso. O índice Ibovespa da B3 caiu 0,67%, fechando aos 120.269 pontos. Com uma perda acumulada de 1,5% na semana, o índice atingiu seu menor nível desde 19 de junho.

A incerteza sobre o futuro das emendas parlamentares pesou no mercado. Investidores aguardam para saber se os pagamentos serão realizados ainda em 2024, o que aumentaria os gastos do governo, ou se serão adiados para 2025 ou cancelados parcialmente. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, deu até as 20h de hoje para que a Câmara dos Deputados responda a quatro perguntas sobre o pagamento de emendas. Isso ocorre após o STF suspender o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão.