O ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, faleceu aos 100 anos no domingo (29/12/2024), em sua casa em Plains, Geórgia, cidade onde nasceu. Carter governou o país de 1977 a 1981 e foi conhecido por sua luta pelos direitos humanos, pela democracia e pela paz.
Em um comunicado, seu filho, Chip Carter, lembrou a importância de seu pai: “Meu pai foi um herói, não só para mim, mas para todos que acreditam na paz, nos direitos humanos e no amor altruísta.” Ele também destacou que o legado de Carter continuará vivo por meio dos ideais que ele defendia.
Durante sua presidência, Carter se opôs às ditaduras latino-americanas, incluindo as de Pinochet no Chile e a ditadura militar no Brasil. Também foi criticado por sua gestão da crise do Irã, quando 52 americanos foram feitos reféns na embaixada em Teerã, em 1979. O episódio ficou marcado pela falha diplomática e uma tentativa de operação militar malsucedida, que resultou em mortes.
Após deixar a Casa Branca, Carter se tornou um ícone na luta pelos direitos humanos, recebendo o Prêmio Nobel da Paz em 2002. Ele foi reconhecido pelo seu trabalho incansável em resolver conflitos internacionais, promover a democracia e o desenvolvimento econômico.
Carter foi o 39º presidente dos EUA e serviu durante um período de grande crise econômica e energética. No entanto, seu maior legado internacional foi mediar os Acordos de Camp David, que resultaram em um tratado de paz entre Israel e Egito, em 1978. Já no Brasil, ele teve uma postura firme contra a ditadura militar, apoiando os movimentos pela democracia.
Nascido em 1º de outubro de 1924, em Plains, Geórgia, Carter foi formado pela Academia Naval dos Estados Unidos e serviu na Marinha antes de entrar para a política. Ele iniciou sua carreira política como administrador na sua cidade natal, antes de ser eleito governador da Geórgia em 1970 e, em 1976, conquistar a presidência dos Estados Unidos.
Após sua presidência, Carter fundou o Centro Carter em 1982, com o objetivo de promover a paz e os direitos humanos em todo o mundo. Além disso, ele permaneceu ativo em diversas causas humanitárias e em missões diplomáticas.
Reconhecido por sua fé religiosa, Carter se envolveu ativamente em obras de caridade, incluindo a construção de casas para os necessitados. Em 2015, ele enfrentou um câncer, mas se recuperou após tratamento experimental. Sua esposa, Rosalynn, faleceu em 2023, aos 96 anos, após uma longa vida ao seu lado.
Jimmy Carter é lembrado como um líder comprometido com a paz, os direitos humanos e a justiça social, sendo uma figura admirada tanto nos Estados Unidos quanto internacionalmente.