Justiça

Mulher é condenada a mais de 34 anos de prisão por homicídio e outros crimes em Rio Branco

Raquel Melo (vítima) saía de uma Igreja Evangélica em companhia da mãe quando ambas foram sequestradas – Foto: Reprodução

Tatiane Souza da Silva, conhecida como “Tati”, foi condenada nesta segunda-feira, 16, pelo Conselho de Sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco a 34 anos, 11 meses e 6 dias de reclusão em regime fechado. Ela foi responsabilizada por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, cárcere privado, corrupção de menores e participação em organização criminosa, devido ao envolvimento no sequestro, assassinato e ocultação do corpo da adolescente Raquel Melo, de apenas 13 anos.

O caso

O crime ocorreu em 29 de janeiro de 2021, quando Raquel e sua mãe, Maria da Glória Rodrigues de Lima, saíam de uma igreja evangélica localizada no Ramal do Pica-Pau, na Estrada do Amapá, em Rio Branco. Ambas foram abordadas por integrantes de uma facção criminosa, que levaram a adolescente para um local isolado.

Após vasculharem o celular de Raquel, os criminosos encontraram mensagens direcionadas a membros de uma facção rival. A mãe foi liberada, mas a jovem foi mantida em cativeiro, julgada e condenada à morte pelo Tribunal do Crime. Ela foi executada brutalmente por dois menores, que dispararam tiros e desferiram facadas.

Após o assassinato, os responsáveis enterraram o corpo em uma cova rasa em uma área de difícil acesso.

A investigação conduzida pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) levou à prisão de seis dos oito envolvidos, incluindo os irmãos Iago e Tiago da Silva Sabino, além dos dois menores que participaram diretamente da execução e ocultação do cadáver.

Tatiane Souza da Silva foi identificada como peça-chave do crime, sendo responsável por recrutar e convencer os menores a cometerem o homicídio.

Tatiane e outra acusada, Francisca Roberta Gomes de Araújo, estavam foragidas. Francisca foi capturada ainda em 2021, e sete envolvidos foram julgados e condenados no mesmo ano, recebendo penas que, juntas, somaram mais de 317 anos de prisão. Tatiane permaneceu foragida por quase dois anos, até ser presa.

O julgamento

Durante o julgamento, o promotor de Justiça Carlos Pescador destacou a gravidade do caso e pediu a condenação de Tatiane pelos crimes imputados. O Conselho de Sentença considerou a pena aplicada exemplar.

Tatiane, que já estava presa preventivamente, foi reconduzida ao Complexo Penitenciário de Rio Branco, onde cumprirá sua pena. A condenação marca mais um desfecho no processo judicial contra os responsáveis por esse crime que chocou a capital acreana.

Com informações ac24h