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Pesquisa Quaest: aprovação de Lula atinge 52%; reprovação é de 47%

A pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (11), revela que 52% dos eleitores brasileiros aprovam o trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto 47% o reprovam. Apenas 1% não souberam ou não responderam à questão. A margem de erro do estudo é de 1 ponto percentual, o que significa que os resultados podem variar para mais ou para menos.

Comparado com a pesquisa anterior, realizada em outubro, houve uma pequena variação nos números. A aprovação de Lula subiu 1 ponto percentual, passando de 51% para 52%, enquanto a reprovação aumentou em 2 pontos, de 45% para 47%. O diretor da Quaest, Felipe Nunes, afirmou que essa estabilidade nos números reflete a dificuldade do governo em comunicar de maneira eficaz seus principais resultados econômicos. “A baixa capacidade do governo em apresentar seus resultados de forma clara tem dificultado a melhora na avaliação”, explicou Nunes.

Aprovação Regional e Demográfica

O levantamento também revela as diferenças regionais na aprovação do presidente. O Nordeste continua sendo a região com maior aprovação, com 67% dos eleitores aprovando o governo de Lula, embora tenha ocorrido uma leve queda em comparação com outubro, quando a aprovação era de 69%. No Sudeste, a desaprovação é de 53%, mesma porcentagem observada em outubro, enquanto a aprovação caiu 1 ponto, indo de 45% para 44%. No Centro-Oeste/Norte, a aprovação caiu 1 ponto, de 49% para 48%, enquanto a reprovação subiu 4 pontos, de 46% para 50%. No Sul, 52% dos eleitores reprovam o presidente, enquanto 46% o aprovam, uma leve melhora em relação à pesquisa anterior.

Entre os diferentes grupos demográficos, as mulheres mantiveram uma aprovação de 54%, embora tenha havido uma leve queda em relação a outubro, quando era de 55%. Já entre os homens, a aprovação subiu 1 ponto, de 48% para 49%, enquanto a reprovação caiu 1 ponto, de 49% para 50%.

A pesquisa também destaca as variações de acordo com a faixa etária. Entre os jovens de 16 a 34 anos, a aprovação de Lula caiu de 53% para 48%, enquanto a reprovação subiu de 43% para 50%. Em contrapartida, entre os eleitores com 60 anos ou mais, a aprovação subiu consideravelmente, passando de 49% para 57%, enquanto a reprovação caiu de 48% para 40%.

Em relação à renda, os eleitores com até dois salários mínimos continuam sendo os mais favoráveis ao governo, com 63% de aprovação. Já entre os eleitores com renda superior a cinco salários mínimos, a reprovação subiu para 59%, um aumento de 2 pontos em relação à pesquisa de outubro. A aprovação também variou conforme o nível de escolaridade: 60% dos entrevistados com Ensino Fundamental aprovam o governo, enquanto entre os com Ensino Superior, a aprovação caiu para 41%, com 58% de reprovação.

Raça e Religião

A pesquisa também analisou a aprovação de Lula entre diferentes etnias e religiões. Entre os eleitores negros, a aprovação permanece alta, com 59%, enquanto entre os brancos, 52% reprovam o governo. Entre os católicos, 56% aprovam a gestão de Lula, enquanto 42% a desaprovam. Entre os evangélicos, a reprovação é maior, com 56% dos entrevistados expressando insatisfação, contra 42% de aprovação.

Em relação à avaliação geral do governo, 33% dos entrevistados consideram a gestão positiva (um aumento de 1 ponto em relação a outubro), enquanto 31% a consideram negativa, com a porcentagem mantendo-se estável. A avaliação regular do governo subiu para 34%, um aumento de 1 ponto.

Principais Problemas do Brasil

A pesquisa também levantou os principais problemas do Brasil, de acordo com os eleitores. A economia continua sendo o maior desafio apontado, com 21% dos entrevistados mencionando-a como a principal questão, embora tenha ocorrido uma queda de 3 pontos desde outubro, quando esse número era de 24%. A violência subiu para 20%, e as questões sociais, como a desigualdade e os direitos humanos, foram mencionadas por 18% dos eleitores. A saúde e a educação também são apontadas como problemas importantes, com 15% e 8% das menções, respectivamente.

Felipe Nunes conclui que, apesar dos bons resultados econômicos do governo, a população ainda não vê esses avanços refletidos em uma melhoria no seu bem-estar, o que explica a persistente frustração de uma parte significativa da população com o atual governo. “A renda, mesmo com o crescimento do PIB e a redução do desemprego, não está sendo suficiente para a grande maioria”, afirmou.

Matéria publicada originalmente no G1 Política.