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Marinha retoma busca por desaparecidos após colapso da ponte entre Maranhão e Tocantins

A Marinha do Brasil anunciou nesta terça-feira (9) a retomada das operações de busca das vítimas desaparecidas após o colapso da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os estados do Maranhão e Tocantins. A ponte desabou no final da tarde do dia 22 de dezembro de 2024, provocando a queda de veículos e motocicletas no Rio Tocantins. Até o momento, 14 pessoas foram localizadas e identificadas, mas três continuam desaparecidas.

A decisão de retomar os mergulhos foi possível após o Consórcio Estreito Energia (CESTE) comunicar que seria possível reduzir a vazão da Usina Hidrelétrica de Estreito por alguns dias, criando janelas de segurança para os mergulhadores. A Marinha já havia suspenso as operações devido ao aumento do nível das águas, que impedia a segurança das buscas.

As pessoas que ainda estão desaparecidas são Salmon Alves Santos, de 65 anos, Felipe Giuvannuci Ribeiro, de 10 anos (avô e neto), e Gessimar Ferreira da Costa, de 38 anos. Equipes de mergulhadores especializados e drones subaquáticos estão atuando nas buscas, juntamente com outros recursos de resgate, como embarcações e câmaras hiperbáricas.

Além do impacto humano, o acidente gerou risco ambiental. Dois caminhões que caíram na água transportavam ácido sulfúrico e agrotóxicos. Apesar da análise emergencial ter mostrado que não houve contaminação da água até o momento, o risco de vazamento de substâncias químicas ainda persiste. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) acompanha de perto a situação e está coordenando com as empresas responsáveis pelos caminhões o desenvolvimento de planos de resposta a emergências.

A operação de busca continua com a participação de mergulhadores militares da Marinha, além de equipes dos Corpos de Bombeiros de diversos estados e outras autoridades.