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Ministério da Saúde intensifica ações contra arboviroses no Acre

Para fortalecer o combate às arboviroses no Acre, especialmente diante do aumento dos casos de dengue, o Ministério da Saúde anunciou a criação do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para Dengue e outras Arboviroses. Essa iniciativa visa ampliar o monitoramento e orientar medidas de vigilância epidemiológica, laboratorial, assistencial e de controle de vetores.

Na primeira semana de 2025, o Acre registrou 146 casos prováveis de dengue, uma redução expressiva em relação ao mesmo período de 2024, quando houve 672 notificações.

Como parte da resposta estratégica, o governo lançou o Plano de Contingência Nacional para Dengue, Chikungunya e Zika, revisando e ampliando a versão anterior, de 2022. O objetivo é preparar o país para conter o avanço das doenças, com diretrizes que consideram particularidades regionais, estaduais e municipais. A proposta incorpora experiências locais e iniciativas específicas ao contexto socioambiental.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, apresentaram o Plano de Ação 2024/2025, que está estruturado em seis eixos principais:

  1. Prevenção e vigilância;
  2. Organização da rede assistencial, com capacitação de profissionais para diagnóstico e tratamento;
  3. Mobilização comunitária, considerando que 75% dos focos do mosquito transmissor estão em residências;
  4. Abastecimento de inseticidas, garantido em 100% dos estados;
  5. Distribuição de testes rápidos, com mais de 3 milhões já enviados para detecção de arboviroses;
  6. Vacinação contra a dengue, com 9,5 milhões de doses adquiridas para 2025, das quais 5,5 milhões já foram distribuídas.

Prioridade: eliminação de criadouros

Apesar dos avanços, a principal estratégia de controle continua sendo a eliminação dos focos do mosquito. O Ministério da Saúde reforça a importância da colaboração da população ao receber Agentes de Combate a Endemias e Agentes Comunitários de Saúde, responsáveis por identificar e eliminar possíveis criadouros.

Essas medidas integram uma resposta coordenada com estados, municípios e instituições parceiras, buscando reduzir os impactos das arboviroses no Brasil.