Uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) revelou um plano macabro, batizado de “Punhal Verde e Amarelo”, que visava desestabilizar as instituições democráticas brasileiras e eliminar figuras-chave do governo e do Judiciário. O ex-presidente Jair Bolsonaro foi denunciado por orquestrar essa conspiração, que incluía planos para assassinar o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e até mesmo envenenar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com a denúncia assinada pelo procurador-geral Augusto Aras, o plano foi estruturado dentro do Palácio do Planalto e levado ao conhecimento de Bolsonaro, que teria dado sua anuência. A ação criminosa seria um desdobramento da tentativa de golpe de Estado, caso esta fosse bem-sucedida.
“Os membros da organização criminosa estruturaram, no âmbito do Palácio do Planalto, plano de ataque às instituições, com vistas à derrocada do sistema de funcionamento dos Poderes e da ordem democrática, que recebeu o sinistro nome de “Punhal Verde Amarelo””, afirma o documento da PGR.
A denúncia, que já foi encaminhada ao STF, acusa Bolsonaro de crimes graves como golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Caso seja aceita pela Corte, o ex-presidente se tornará réu e enfrentará um processo penal.
Além de Bolsonaro, outras 33 pessoas foram denunciadas no mesmo processo, incluindo importantes figuras de seu governo e das Forças Armadas:
Essa nova denúncia agrava a já delicada situação jurídica de Jair Bolsonaro, que já havia sido indiciado em outras duas investigações da Polícia Federal no ano passado: o caso das joias sauditas e a fraude no cartão de vacinação. O futuro político e legal do ex-presidente e de seus aliados permanece incerto, enquanto a Justiça brasileira avança nas investigações sobre as tentativas de golpe e as ações de seus apoiadores.