POLITICA

Organização sabia que acusações de fraude nas eleições eram falsas, diz PGR

O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e seus aliados que estavam por trás da suposta trama golpista sabiam que as alegações de fraude nas eleições de 2022 eram falsas, apontou a Procuradoria Geral da República (PGR) nesta terça-feira (18).

Segundo a PGR, no dia 4 de outubro de 2022, dois dias após o primeiro turno daquele pleito, o coronel do Exército, Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, teria perguntado ao então ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, se “conseguiram plotar?”, referindo-se à identificação de uma possível fraude nas eleições. “Nada… nenhum indício de fraude”, teria sido a resposta de Cid, de acordo com a denúncia.

Desse modo, a PGR concluiu que “a organização criminosa sabia da inexistência das falcatruas que divulgavam e sabia disso antes mesmo da finalização do pleito eleitoral”. A Procuradoria ainda aponta que, após o segundo turno, Cid teria reiterado saber que não houve fraude na eleição, ao indicar a aliados que “até agora… nada. Nenhuma bala de prata”.

Na noite desta terça, a PGR apresentou uma denúncia ao STF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados pela suposta trama golpista após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de 2022.