SENA MADUREIRA

Professoras do IFAC inspiram mulheres na ciência com projeto de piscicultura e física em Sena Madureira

Na semana do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência (11 de fevereiro), um projeto desenvolvido no Instituto Federal do Acre (IFAC) – Campus Sena Madureira reforça o papel fundamental das mulheres na pesquisa e na educação. As professoras Juliana Milan de Aquino Silva e Karla Leite Vilas Boas lideram a iniciativa “Implementação do Sistema de Criação em Caixas d’Água de Tambaqui na Educação Agropecuária e Física”, que une piscicultura e física para proporcionar uma experiência de aprendizado transformadora aos alunos.

A proposta surgiu como parte do projeto “Piscicultura em Caixa d’Água”, idealizado pelas docentes e concretizado com o apoio de alunos dos cursos de Técnico em Agropecuária, Licenciatura em Física e Zootecnia, além de servidores e da comunidade externa. A ideia inicial foi trabalhada na disciplina de Piscicultura 2023.1, onde os estudantes analisaram a infraestrutura do campus e escolheram um local adequado para a instalação do sistema de recirculação de água. Para viabilizar a iniciativa, organizaram rifas e arrecadaram fundos para a compra dos materiais necessários.

Com o avanço da disciplina, grande parte da estrutura do sistema já estava pronta, contando com a colaboração dos alunos da Licenciatura em Física, que aplicaram conceitos teóricos na construção. No entanto, a instalação elétrica para o acionamento da bomba d’água ainda era um desafio. O projeto ganhou um novo impulso com a turma de Piscicultura 2024.1, que realizou a montagem e adaptação do local, próximo à horta do campus, e testou a pressão da água, além de desenvolver um filtro sustentável com materiais reutilizados do próprio IFAC.

E foi justamente um dia após o Dia Internacional das Mulheres na Ciência que o projeto atingiu um marco importante: a primeira atividade de biometria dos peixes. A iniciativa contou com o apoio da produtora e zootecnista Leila, da aluna de Zootecnia Melrian, da servidora Marciele Marrane Dalman Vargas, técnica de laboratórios do campus, e de diversos colaboradores que acreditaram na importância do projeto.

Mais do que um avanço acadêmico, essa iniciativa é um símbolo da presença e da contribuição feminina na ciência. Ao longo da história, as mulheres enfrentaram grandes barreiras para conquistar seu espaço na pesquisa científica. Projetos como esse provam que a ciência precisa das mulheres, e elas têm um papel fundamental na inovação e no desenvolvimento educacional. A professora Juliana, veterinária e zootecnista, e a professora Karla, licenciada em Física, são exemplos de como a interdisciplinaridade e a colaboração podem transformar a educação e impulsionar novas descobertas.

A concretização desse projeto só foi possível graças ao esforço coletivo de alunos e apoiadores, que venderam rifas, trabalharam na estruturação do sistema e dedicaram seu tempo para tirar a ideia do papel. O impacto dessa iniciativa vai além do conhecimento técnico, promovendo consciência ambiental, sustentabilidade e formação cidadã, preparando os estudantes para os desafios do futuro.

Acima de tudo, o projeto deixa uma mensagem clara: as mulheres têm um papel essencial na ciência e na construção de um mundo mais inovador e igualitário. Que essa iniciativa continue inspirando mais meninas e mulheres a se apaixonarem pela pesquisa e pelo conhecimento, fortalecendo um legado de oportunidades e conquistas na ciência.