O caso que envolveu os disparos no estacionamento da Guascor, em Sena Madureira, passou por uma reviravolta. Denis José de Brito Rodrigues, uma das vítimas baleadas em janeiro deste ano, procurou a imprensa neste final de semana para esclarecer alguns pontos sobre o ocorrido.
Denis, que passou alguns dias internado em Rio Branco após ser baleado e recebeu alta médica, demonstrou indignação com o julgamento público do enfermeiro Marcos Vinícius Furtado, acusado de ser o autor dos disparos.
Em seu relato, Denis afirmou não reconhecer Marcos Vinícius como o atirador e criticou a pressão popular para a prisão do servidor. Segundo ele, há fotos que comprovam a violência sofrida pelo enfermeiro, que foi agredido por outras pessoas ao tentar retomar sua arma durante uma luta corporal.
“Venho aqui expressar a minha indignação, pois várias pessoas estão julgando e criticando o Marcos Vinícius, fazendo pressão para prendê-lo, mas nada de investigarem as pessoas que o agrediram logo após ele entrar em luta corporal na tentativa de retomar sua arma, onde tem fotos que comprovam a intensidade com que ele foi agredido. Como falei no meu depoimento à polícia, ao me aproximar do tumulto em que ele se encontrava, apenas senti o impacto da bala. Não sei quem atirou, pois estava um tumulto. As pessoas estão julgando e criticando um pai de família, com dois filhos para criar, sem saber a real veracidade dos fatos”, afirmou Denis.
Na ocasião do incidente, Denis foi atingido no abdômen, mas, apesar da gravidade do ferimento, conseguiu sobreviver.