Maitê Valentina foi baleada na cabeça — Foto: Arquivo pessoal
Há mais de uma semana, a pequena Maitê Valentina da Costa, de apenas 1 ano e 4 meses, luta pela vida na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Criança, em Rio Branco. A bebê foi baleada na cabeça durante um ataque criminoso ocorrido no bairro Santa Inês, no dia 8 de março.
Segundo a família, Maitê desenvolveu um quadro de pneumonia hospitalar e precisou de medicamentos para auxiliar os batimentos cardíacos. Apesar da gravidade, a menina apresenta sinais de melhora e seu estado foi atualizado de “muito grave” para “grave”. A expectativa é que, em breve, ela possa ser extubada.
“Ela continua estável e com sinais de melhora. Vamos seguir em oração pela vida de Maitê Valentina, porque para Deus nada é impossível”, declarou a mãe, Maria Luiza, em um comunicado à família.
De acordo com Maria Luiza, a filha foi atingida por dois tiros na cabeça: um dos projéteis atravessou o crânio e saiu, enquanto o outro ficou alojado. A bebê foi socorrida e levada às pressas para o hospital, onde segue internada sem previsão de alta.
No dia 10 de março, familiares iniciaram uma campanha para arrecadar fraldas, lenços umedecidos e outros itens de higiene essenciais para a bebê.
A Polícia Civil informou que o alvo do ataque seria o pai de Maitê. No entanto, Maria Luiza nega qualquer envolvimento do marido com atividades criminosas e afirma que ele mal saía de casa.
“A gente estava saindo de casa para ir à casa de um amigo do meu marido. Íamos assistir televisão, jogar videogame e assistir a um filme”, contou.
No momento do ataque, além de Maria Luiza – que segurava no colo o outro filho do casal, um bebê de três meses –, estavam também o marido, uma cunhada, um adolescente de 14 anos e um amigo do casal. A bebê Maitê estava no carrinho.
Segundo Maria Luiza, o adolescente que acompanhava a família percebeu que os disparos poderiam atingir Maitê e se colocou na frente, na tentativa de protegê-la.
“O carro chegou e o pai dela correu. O amigo viu que os tiros iam pegar nela e se meteu no meio. Se ele não tivesse feito isso, os tiros que o atingiram seriam todos nela”, relatou.
Após o crime, os pais de Maitê prestaram depoimento à polícia. Maria Luiza afirmou que desconhece o motivo pelo qual o marido teria sido um alvo, mas ouviu que os atiradores queriam atingir qualquer homem que estivesse na rua naquele momento.
“Fiquei sabendo depois que o atirador se entregou e disse que era para acertar os dois homens. Disse que não viu ela no carrinho, mas acredito que eram pessoas de fora do bairro atirando contra quem estivesse na rua”, lamentou a mãe.
A polícia segue investigando o caso. Enquanto isso, familiares e amigos seguem mobilizados em corrente de orações pela recuperação de Maitê.