A falta de organização e de consciência coletiva entre os comerciantes de Sena Madureira não é novidade. Historicamente, o setor empresarial local tem demonstrado pouca união, o que resulta em uma Associação Comercial e Empresarial enfraquecida e sem representatividade diante do poder público. Hoje, o quadro da entidade é quase simbólico: apenas 39 filiados, uma mensalidade irrisória de R$ 30 e sem sequer uma sede própria.
As informações foram reveladas pelo presidente da Associação, Francisco Bezerra, em entrevista à imprensa, onde ele destacou os desafios enfrentados para reerguer a entidade. Bezerra tem tentado abrir diálogo com o prefeito Gerlen Diniz e já enviou um ofício solicitando uma reunião, mas, até agora, não obteve resposta. Isso evidencia uma dura realidade: uma Associação Comercial sem força não impõe respeito. O poder público só leva a sério uma entidade quando ela tem representatividade, voz ativa e mobilização real dos seus membros.
Se os próprios comerciantes não veem valor na união, como esperar que a Prefeitura ou qualquer outra instituição os enxergue como uma força relevante? Não é preciso concordar em tudo para se organizar. A questão não é uniformidade de pensamento, mas sim entendimento de que problemas comuns devem ser enfrentados juntos. Enquanto cada empresário seguir preocupado apenas com o próprio negócio e ignorando a importância de um coletivo forte, a Associação Comercial continuará sem influência e o setor comercial da cidade seguirá à mercê das decisões alheias.
A Associação Comercial precisa de adesão e compromisso real de seus membros para sair da insignificância e se tornar um instrumento de defesa e valorização dos empresários locais. A pergunta que fica é: até quando o comércio de Sena Madureira vai continuar disperso e semf orça?