Moradores da cidade denunciaram a situação à redação e pedem providências urgentes. O apelo é claro: “Santa Juliana pede socorro”. A falta de investimentos e a ausência de obras de recuperação revelam o descaso com a memória da cidade e com o direito à educação em condições adequadas.
A promessa de revitalização foi reforçada ainda em gestões anteriores. À época, o secretário estadual de Educação, Mauro Sérgio Cruz, afirmou que o governador Gladson Cameli era um entusiasta do projeto e que buscaria apoio de parlamentares para garantir recursos. O projeto previa, além da reestruturação física, a criação de espaços como teatro, brinquedoteca, lan house, cinema e biblioteca.
Apesar das declarações públicas, nenhuma obra foi iniciada. Enquanto isso, o prédio histórico segue deteriorando, apagando parte importante da história de Sena Madureira e obrigando estudantes e professores a conviverem com improvisos.
O Instituto Santa Juliana foi criado inicialmente para funcionar como orfanato, administrado pelas Servas de Maria Reparadoras, e abrigou, na década de 1920, meninas vindas dos seringais. Hoje, o que se vê é uma estrutura esquecida pelo poder público e uma comunidade cansada de esperar.
A pergunta que permanece é: até quando o Santa Juliana vai continuar sendo apenas uma promessa?
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