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Presidente do INSS é afastado após operação da PF contra fraudes em benefícios previdenciários

Alessandro Stefanutto foi nomeado para o cargo de presidente do INSS em julho de 2023 Foto: Roneymar Alves/Ascom INSS

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo nesta quarta-feira (23) após ser alvo de uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) que investiga um esquema de fraudes envolvendo benefícios previdenciários.

A operação, considerada uma das mais sensíveis já conduzidas pela PF na área da Previdência, também levou ao afastamento de outros cinco servidores públicos, incluindo nomes de alto escalão dentro do INSS. As fraudes, segundo as investigações iniciais, teriam sido articuladas por entidades que representam aposentados e pensionistas, com o objetivo de realizar descontos indevidos em mensalidades associativas diretamente nos benefícios pagos pelo INSS.

Alessandro Stefanutto é servidor de carreira da autarquia desde 2000 e foi indicado ao comando do INSS pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Filiado ao PSB, Stefanutto havia assumido o posto após a saída de Glauco Wamburg, exonerado em 2023 sob suspeita de uso irregular de passagens e diárias custeadas pelo governo.

Além de Stefanutto, foram afastados:

A Polícia Federal ainda não detalhou o funcionamento completo do esquema fraudulento, mas indicou que o grupo se utilizava da estrutura do INSS para realizar os descontos de forma irregular nos benefícios dos segurados.

A gravidade do caso mobilizou as altas esferas do governo federal. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e o ministro da CGU, Vinícius Carvalho, comunicaram pessoalmente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) logo após o início da operação, em reunião realizada no Palácio da Alvorada. Uma segunda reunião de emergência estava em andamento no Ministério da Justiça até o fim da manhã desta quarta-feira.

A expectativa é que novas medidas sejam adotadas nos próximos dias para conter os danos à imagem do INSS e reforçar os mecanismos de proteção aos beneficiários, especialmente aposentados e pensionistas que podem ter sido lesados pelo esquema.

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