A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (6) a 6ª fase da Operação Greenwashing, batizada de “Succumbendi”, para aprofundar as investigações de um grande esquema de grilagem de terras públicas na Amazônia Legal. A ação aconteceu simultaneamente em Goiânia (GO) e em Barueri (SP).
Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão e emitido um mandado de prisão preventiva contra um dos principais suspeitos. Segundo a PF, o alvo usava documentos falsos para “comprovar” ocupações irregulares em terras da União, obtendo assim vantagens financeiras ilegítimas e explorando áreas públicas de forma ilegal.
As equipes federais recolheram computadores, celulares, contratos e outros papéis que podem esclarecer o funcionamento do grupo criminoso. O material será periciado para identificar a cadeia de comando, o volume de recursos movimentados e as pessoas envolvidas na estrutura de grilagem.
A Justiça continuará conduzindo as investigações, que agora entram em uma nova etapa de instrução. Os próximos passos incluem análise detalhada dos documentos apreendidos, oitivas de testemunhas e eventual solicitação de mais medidas cautelares. A PF avisa que outras prisões e buscas também poderão ocorrer, conforme surgir informação sobre novos envolvidos.
A Operação Greenwashing foi iniciada em 2023 e já desarticulou diversas frentes que pirateavam títulos de propriedade de terras públicas, vendendo lotes a compradores de boa-fé. Com a fase Succumbendi, o foco está em desmontar o núcleo que dava suporte documental a essas fraudes, usada para mascarar a real situação fundiária de áreas da floresta.