Entre 2023 e 2025, o governo federal apreendeu cerca de R$ 2,3 bilhões em mercadorias contrabandeadas em todo o país, de acordo com dados divulgados pela Receita Federal. Nesse período, foram feitas mais de 58 mil apreensões e cerca de 38 mil autuações envolvendo tanto pessoas físicas quanto empresas.
Os estados que mais concentraram operações foram Mato Grosso do Sul e Paraná, responsáveis juntos por mais de R$ 1,4 bilhão em mercadorias ilegais apreendidas. A posição geográfica dos dois estados, que fazem fronteira com Paraguai, Bolívia e Argentina — rotas conhecidas de contrabando — contribui para esse cenário.
O produto mais contrabandeado foi o cigarro, com R$ 848 milhões em apreensões. Em seguida, aparecem os telefones celulares (R$ 485,8 milhões), eletrônicos (R$ 172,5 milhões) e itens de informática (R$ 116,9 milhões). Também foram apreendidos, em menor volume, bebidas alcoólicas, perfumes, roupas e agrotóxicos.
Esses produtos entram ilegalmente no país sem o recolhimento de impostos, o que causa prejuízos significativos aos cofres públicos e alimenta redes de comércio clandestino. A maioria das apreensões acontece nas regiões de fronteira, onde os preços nos países vizinhos são mais baixos e o lucro com a revenda é alto.
As operações de combate ao contrabando são coordenadas por diversos órgãos, como Receita Federal, Polícia Federal, polícias estaduais e as Forças Armadas — que atuam com suporte logístico e inteligência nas áreas de fronteira.
Entre as apreensões de maior valor, destaca-se uma carga de agrotóxicos avaliada em R$ 38,7 milhões, que seria introduzida no Brasil de forma ilegal.
Produtos mais contrabandeados entre 2023 e 2025:
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Cigarros: R$ 848 milhões
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Celulares: R$ 485,8 milhões
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Itens não listados: R$ 271,1 milhões
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Eletrônicos: R$ 172,5 milhões
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Informática: R$ 116,9 milhões
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Bebidas alcoólicas: R$ 80,5 milhões
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Agrotóxicos: R$ 55,7 milhões
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Vestuário: R$ 55 milhões
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Óculos: R$ 48,4 milhões
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Perfumes: R$ 35,8 milhões