Pesquisa: veterinários perdem espaço na decisão de compra dos tutores

Pesquisa: veterinários perdem espaço na decisão de compra dos tutores

Por muitos anos, o médico-veterinário foi a principal voz consultada por tutores na hora de escolher produtos para seus animais de estimação. Mas esse cenário vem mudando. Segundo o estudo Radar Vet 2025, desenvolvido pela Comissão de Animais de Companhia do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Comac/Sindan) em parceria com a consultoria H2R, profissionais do varejo — como atendentes e balconistas de pet shops — estão ganhando protagonismo nas decisões de compra.

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Os dados mostram que 16% dos tutores se deixam influenciar por esses profissionais ao escolher suplementos, e 19% ao decidir sobre antiparasitários como vermífugos e antipulgas. Eles já superam a influência de outros tutores ou criadores de conteúdo digital, indicando uma nova dinâmica no mercado pet.

“Com atendimento acessível e experiência prática, os vendedores orientam sobre produtos que não exigem prescrição, posicionando o varejo como elo entre fabricantes, veterinários e consumidores”, explica, em nota, Gabriela Mura, diretora de Mercado e Assuntos Regulatórios do Sindan.

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A tendência já havia sido antecipada pelo Radar PET 2023, que apontou o crescimento do uso da internet e da troca de experiências entre tutores como fontes de informação. A figura do veterinário, embora ainda essencial em casos clínicos mais complexos, vem sendo consultada com menos frequência na compra de itens de prateleira.

Outro dado relevante do Radar Vet 2025 é a mudança no perfil de atuação dos próprios veterinários. Entre 2021 e 2024, a atuação como profissional autônomo saltou de 25% para 72%, o que, segundo Gabriela, contribui para a descentralização do atendimento e abre espaço para a atuação mais ativa dos vendedores do varejo.

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Apesar disso, o veterinário ainda mantém forte influência quando o assunto é prescrição de vacinas e medicamentos, com 91% dos tutores confiando no profissional. “O estudo mostra um ecossistema mais amplo e plural de influência nas decisões de compra, especialmente em categorias acessíveis. É uma resposta às mudanças do mercado e no comportamento dos tutores”, conclui Gabriela Mura.

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