Polícia mira rede criminosa virtual que estuprava e torturava mulheres

Polícia mira rede criminosa virtual que estuprava e torturava mulheres

Na manhã desta segunda-feira (30/6), uma rede criminosa investigada por praticar crimes de violência contra mulheres é alvo de operação da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) em nove estados do país  – Amazonas (AM), Bahia (BA), Distrito Federal (DF), Goiás (GO), RJ, Minas Gerais (MG), Piauí (PI), Santa Catarina (SC) e São Paulo (SP).

Segundo as investigações, os envolvidos se organizavam virtualmente, em plataformas como Discord, para cometer estupros virtuais, torturas, misoginia e racismo contra as vítimas.

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Em abril deste ano, a mãe de uma das vítimas procurou a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), em Duque de Caxias, para relatar que imagens íntimas de sua filha estavam sendo divulgadas.

Durante a apuração, os agentes constataram a existência de uma rede criminosa com dezenas de outras vítimas. Tudo era transmitido on-line e, em alguns casos, a gravação era posteriormente exposta na internet.

De acordo com as investigações da unidade policial, que resultaram na ação desta segunda (30), o grupo forçava as vítimas a atos violentos ou a se mutilar com navalhas, fazendo-as escrever os nomes dos autores na própria pele.

Até o momento, seis mulheres foram identificadas, mas acredita-se que o grupo possa ter feito dezenas de outras vítimas.

Operação Abraccio

A ação, deflagrada por policiais civis do Departamento-Geral de Polícia de Atendimento à Mulher (DGPAM), ocorre após a prisão de um dos integrantes do grupo, no mês passado.

A partir da perícia de cerca de 80 mil imagens, vídeos e áudios encontrados em dispositivos eletrônicos, foi possível chegar aos demais envolvidos e suas lideranças. O material apreendido também demonstra a frieza com que eles tratam o sofrimento e a vida humana.

No RJ, os investigadores cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão em Caxias e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e em outras oito unidades da federação.

Além das prisões, a ação busca apreender celulares, computadores e mídias digitais capazes de comprovar os crimes praticados e ampliar o mapeamento da rede criminosa.

O material arrecadado será analisado e poderá embasar novas diligências, além de responsabilizações penais e civis.

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