Sena Madureira já foi palco de vibrantes espetáculos culturais impulsionados por suas fanfarras escolares e comunitárias. Estes grupos, com seus uniformes impecáveis e música afinada, marcaram celebrações cívicas, desfiles e festas populares — sendo símbolos de orgulho e identidade local. Mas, hoje, no município que se destaca como o terceiro mais populoso do Acre, essas atividades estão praticamente desaparecidas.
Enquanto isso, políticos — como Tanízio Sá — destinam recursos para fortalecer iniciativas semelhantes em municípios vizinhos: Santa Rosa do Purus e Manoel Urbano já viram suas fanfarras receberem apoio financeiro, aquisição de instrumentos e fardamento. Já Sena Madureira permanece à margem desse fortalecimento, sem um centavo para suas bandas e fanfarras, que deixaram de animar eventos e motivar jovens. A carência dessa modalidade cultural representa não apenas uma perda estética, mas um duro golpe na formação cidadã e no senso de pertencimento da comunidade.
Sem investimentos, muitos talentos locais perdem o estímulo de ensaiar, tocar e participar de eventos. A tradição, que tanto contribuía para a socialização e valorização cultural, tende a desaparecer — hoje, os mais jovens sequer sabem da existência dessas bandas que embalaram gerações.
É preciso que as autoridades, especialmente os deputados estaduais e a Fundação de Cultura do Acre, reconheçam esse vácuo. Apresentam-se como urgentes iniciativas para destinar emendas parlamentares específicas para a retomada das fanfarras em Sena Madureira: a compra de instrumentos, a oferta de oficinas de percussão e banda, e a manutenção de uniformes. Um programa para revitalizar essa expressão cultural pode florescer com apoio político e comunitário.
Retomar as fanfarras não é apenas resgatar música e desfile — é reavivar a autoestima coletiva, a formação de líderes e o protagonismo dos estudantes. É equiparar Sena Madureira a seus vizinhos que receberam investimento e dar voz, ritmo e movimento ao futuro de seus jovens.