Uma pesquisa desenvolvida por cientistas da Weill Cornell Medicine, nos Estados Unidos, trouxe boas notícias sobre o tratamento do câncer de ovário, nesta segunda-feira (7/7). A doença, que é uma das mais letais entre as mulheres, mostrou uma boa resposta com a combinação de duas drogas experimentais.
O estudo foi divulgado pela revista Cell Reports Medicine e mostrou que os medicamentos combinados bloquearam o crescimento do tumor e impediram que as células cancerígenas desenvolvessem resistência ao tratamento em testes de laboratório.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Câncer de ovárioReprodução/Internet Câncer de ovárioReprodução/Internet Reprodução Mondevi
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Segundo o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, o câncer de ovário afeta cerca de 20 mil mulheres por ano no país. No Brasil, esse é o oitavo tipo de câncer mais comum em mulheres, de acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Na pesquisa, os especialistas investigaram quais vias de sinalização celular — ou seja, os “caminhos” que instruem as células a crescerem e se multiplicarem: “Mesmo que os tumores ovarianos sejam geneticamente muito diferentes entre si, muitos acabam ativando os mesmos mecanismos de crescimento”, esclareceu Benjamin Hopkins, autor sênior do estudo e pesquisador da Weill Cornell Medicine.
Sendo assim, eles tentaram dois compostos capazes de bloquear essa via: o rigosertibe, que já vinha sendo estudado para outros tipos de câncer e se mostrou eficaz ao reduzir o crescimento dos tumores ovarianos em laboratório. No entanto, os pesquisadores notaram que ele provocava um “efeito colateral” nas células cancerígenas. Sendo assim, foi necessário combinar o rigosertibe com drogas inibidoras da via PI3K/mTOR e o resultado foi ainda melhor: bloqueou simultaneamente as duas rotas de crescimento das células cancerígenas, reduzindo com eficácia o desenvolvimento dos tumores em modelos pré-clínicos.
Com o resultado satisfatório, a pesquisa ganhou força e levou otimismo. O estudo ainda é pré-clínico e os testes foram realizados em laboratório e modelos animais, mas os cientistas projetaram boas expectativas: “Acreditamos que essa abordagem pode se estender a outros tipos de câncer difíceis de tratar, que também não apresentam mutações-alvo recorrentes”, afirmou Hopkins. Ainda não há previsão para que os mesmos experimentos sejam feitos em pacientes humanos.