Profundamente emocionado, Francisco Gil, de 30 anos, chegou ainda nas primeiras horas desta sexta-feira (25/7) ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro para o velório de sua mãe, Preta Gil. Ao lado da namorada, a ex-BBB Alane Dias, o músico permaneceu junto ao caixão, cercado de flores e imagens que homenageiam a trajetória da artista.
Filho único da cantora com o ator Otávio Müller, Francisco esteve ao lado da mãe em seus últimos dias de vida, em Nova York, acompanhado da filha, Sol de Maria, neta de Preta. Durante a cerimônia de despedida, ele escreveu um texto comovente para homenagear a mãe, repleto de lembranças íntimas e palavras de gratidão.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Francisco Gil se despede da mãe, Preta Gil, em velório no Theatro Municipal do RioFotos: Victor Chapetta – Agnews Francisco Gil se despede da mãe, Preta Gil, em velório no Theatro Municipal do RioFotos: Victor Chapetta – Agnews Francisco Gil se despede da mãe, Preta Gil, em velório no Theatro Municipal do RioFotos: Victor Chapetta – Agnews Francisco Gil se despede da mãe, Preta Gil, em velório no Theatro Municipal do RioFotos: Victor Chapetta – Agnews Francisco Gil chega ao lado da namorada, Alane Dias, em velório da mãe, Preta GilFOTOS: THIAGO MATTOS/BRAZIL NEWS
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“Na nossa última noite juntos, você dormia e eu acompanhava cada respiração sua. você segurava minha mão com força… E eu sem entender de onde você tava tirando aquela força. Já faz muito tempo que venho tentando entender de onde vem essa sua força toda.. E agora entendo. O motor da sua vida sempre foi amar e amar sempre foi o seu maior dom. O amor sempre foi ação pra você… Nunca se estagnou. Você foi implacável amando. Sua força vinha da vontade de viver, de ver a sua neta sol de maria crescer e vinha da gente que estava lutando junto com você. De um país inteiro que torceu… E assim lutou junto também. Esse amor também chegou pra todos nós. a rede de apoio mais linda, que você construiu”, escreveu.
Em outro trecho, Francisco falou sobre a generosidade de Preta e a dimensão do amor que ela cultivava e espalhava: “A sua compulsão era a generosidade. Ter o seu amor foi um impacto grande pra qualquer um e eu nunca me incomodei de dividir ele com ninguém, porque foi você quem me ensinou que o amor não se limita. E você amou tanto… tanto. Você foi — e será sempre — tão amada, mãe. que privilégio ter vindo pra esse mundo de dentro de você. Minha melhor amiga. Eu tava com muito medo… mas determinado a encarar tudo com você. E a gente encarou, mesmo com você tentando me poupar. Eu me despedi de você e tentei fazer com que você não percebesse… Claro que você percebeu. E claro que esperou que eu fizesse isso pra poder partir. Você sorriu, e eu nunca vou esquecer desse sorriso. Seu olhar tinha muito mistério… Mas entendi. A gente sempre se entende… Assim como nesse exato instante. No seu adeus tinha também um até logo. Presença absoluta que agora só muda de perspectiva.”
Na parte final do texto, ele descreveu os últimos momentos e o impacto que a mãe deixou: “Seu olhar também tinha a curiosidade de sempre… E muita coragem pra encarar o que estivesse por vir. E foi assim que você deu seu jeito de me proteger e me deixar seguro de que — como sempre — você sabia bem o que tava fazendo. O seu tempo foi esse… E foi intenso. Como disse seu pai pra mim depois de você partir: “que agora venham os 50 bilhões de anos…”. Estenda-se infinito, mãezinha. A gente que é de axé sabe que a morte não é um fim. As fotos são dessa última semana. a primeira foi a última com a sol, e a segunda foi a nossa última foto.”