General admite plano impresso e auditável para matar Lula

general Mario Fernandes, ex-número 2 da Secretaria Geral da Presidência, matou no peito e assumiu nesta quinta-feira (24), diante da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, a autoria do Plano Punhal Verde e Amarelo.

Não era um roteiro de passeio por Brasília.

Provas obtidas pela Polícia Federal mostram que no planejamento estavam ações como o sequestro e o assassinato de autoridades. Na mira estariam o presidente Lula, recém-eleito, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Como se fosse nada, o general apontado pelo delator Mauro Cid como o mais radical dos radicais da trama golpista disse que tudo não passou de um “pensamento digitalizado”, uma análise pessoal sobre o cenário pós-eleições.

Só reforçando: ele era o número 2 de uma pasta estratégica do governo Bolsonaro. E que digitalizava, na impressora do Palácio do Planalto, pensamos so do tipo “precisamos matar o Lula”.

Em sua defesa, ele disse que o conteúdo foi impresso e destruído em seguida.

“É um arquivo digital. Nada mais retrata do que um pensamento meu que foi digitalizado. Um compilado de dados, um estudo de situação meu, uma análise de riscos que eu fiz e, por costume próprio, resolvi digitalizar. Não foi mostrado a ninguém, não foi compartilhado com ninguém. Hoje me arrependo de ter digitalizado isso”, confessou o general ao STF.

O depoimento complica – e muito – a situação dos superiores que se amotinaram após a derrota nas eleições de 2022. E vai ao encontro do que o então chefe do Exército na época, general Freire Gomes, disse sobre as inúmeras reuniões com Jair Bolsonaro (PL), entre outubro e a fuga do ex-presidente para os Estados Unidos. Ele queria porque queria uma solução para evitar a posse do adversário.

A ala jurídica montou uma minuta que prévia decretação de estado de sítio e até prisão de ministros do STF.

A militar queria assassinar a chapa eleita e o então chefe do Tribunal Superior Eleitoral.

Mario Fernandes admite isso como “um pensamento digitalizado”, que jura não ter mostrado a ninguém, a não ser a impressora do Planalto. Ah, tá.

Esse planejamento impresso pode agora ser auditado, julgado e punido.
Foi com essa gente que Bolsonaro loteou o governo.

E era a essa gente que deixamos a segurança do país nas mãos.

Com informações Portal iG

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