Marcha para Jesus é reconhecida como patrimônio cultural e imaterial do Acre

A tradicional Marcha para Jesus agora integra oficialmente o patrimônio cultural e imaterial do Acre. A lei foi sancionada pela governadora em exercício, Mailza Assis (PP), e publicada no Diário Oficial do Estado nesta quarta-feira, 2 de julho.

A proposta, de autoria do deputado estadual Clodoaldo Rodrigues (Republicanos), foi aprovada pela Assembleia Legislativa no último dia 18 de junho. O texto destaca o caráter ecumênico do evento, organizado pela Associação dos Ministros do Evangelho do Acre (Ameacre), que reúne milhares de pessoas todos os anos e também impulsiona a economia local.

Com origem na década de 1980, a Marcha para Jesus é considerada uma das maiores manifestações cristãs do mundo. Além de promover a liberdade religiosa, o evento dissemina valores como solidariedade, cidadania e respeito entre diferentes grupos sociais. Em 2024, a edição contou com cerca de 10 mil participantes, segundo o governo, em um percurso que foi da Gameleira até a Arena da Floresta, em Rio Branco.

A lei reconhece não apenas o impacto espiritual da marcha, mas também seu papel sociocultural na comunidade acreana, incentivando campanhas sociais, ações de conscientização e auxílio a populações em situação de vulnerabilidade.

Dados recentes do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo IBGE, revelam que o Acre é o estado com a maior proporção de evangélicos do Brasil: 44,38% da população com 10 anos ou mais — o que representa mais de 303 mil pessoas. O número reflete uma mudança significativa no perfil religioso do estado, onde, pela primeira vez, os evangélicos superaram os católicos em número de fiéis.

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