Mesmo perdoado por Trump, invasor do Capitólio é condenado à prisão perpétua

Mesmo perdoado por Trump, invasor do Capitólio é condenado à prisão perpétua

Edward Kelley, um dos participantes da invasão ao Capitólio dos Estados Unidos em 2021, foi condenado à prisão perpétua na última quarta-feira (2/7) por planejar o assassinato de agentes do FBI.

Kelley havia sido condenado no ano passado por sua participação nos atos de 6 de janeiro, mas foi perdoado em 2025 pelo presidente Donald Trump, que decidiu anistiar cerca de 1.500 pessoas envolvidas na invasão ao Congresso. A medida foi uma das promessas de campanha de Trump, que voltou à presidência no mesmo ano.

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No entanto, a nova condenação de Kelley não está relacionada diretamente à invasão. A Justiça dos EUA entendeu que o plano para matar os agentes que o investigaram é um crime separado e mais recente e, por isso, o perdão presidencial não se aplica.

Durante o julgamento, realizado no estado do Tennessee, o juiz Thomas A. Varlan afirmou que Kelley demonstrou ser uma pessoa perigosa, que não mostrou arrependimento e que continuava acreditando que estava certo. O juiz aceitou o pedido dos promotores para aplicar a pena máxima, com base nas provas apresentadas.

Segundo o Ministério Público, Kelley criou um grupo armado que ele chamava de milícia, treinou os integrantes para combate e elaborou um plano detalhado para atacar o escritório do FBI na cidade de Knoxville. Além disso, ele teria feito uma lista com nomes de agentes que deveriam ser mortos e autorizado seus colegas a colocar o plano em prática.

A defesa de Kelley tentou argumentar que, como ninguém chegou a ser ferido, a punição seria exagerada. Mas o juiz rejeitou o pedido, destacando que se tratava de um plano muito perigoso e que o réu representava uma ameaça real.

Outro envolvido no caso, Austin Carter, também participou da invasão ao Capitólio e admitiu ter ajudado Kelley a organizar o plano contra os agentes. Ele se declarou culpado e será julgado em agosto.

A invasão ao Capitólio aconteceu em 6 de janeiro de 2021 e resultou na morte de cinco pessoas, mais de 140 feridos e um prejuízo estimado em mais de R$ 15 milhões. O episódio marcou a tentativa de impedir a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de 2020.

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