Mulher acusada de matar irmão com mais de 30 facadas vira ré por homicídio qualificado no Acre

Camila Arruda Braz, de 37 anos, acusada de matar o próprio irmão com mais de 30 facadas, se tornou oficialmente ré por homicídio qualificado. A decisão foi tomada pela 1ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar do Tribunal de Justiça do Acre, que aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado (MP-AC).

O crime ocorreu no último dia 3 de junho, na Avenida Noroeste, no Conjunto Tucumã, em Rio Branco. Segundo o MP, Camila agiu com traição e dissimulação, escondendo suas intenções e impossibilitando qualquer chance de defesa da vítima, Ramon Arruda Braz, de 47 anos. A denúncia aponta que o ataque foi premeditado.

A Justiça deu prazo de 30 dias para agendar a audiência de instrução do caso. A defesa da acusada — que pode ser feita por advogado particular ou pela Defensoria Pública — tem 10 dias para apresentar resposta à acusação. O processo tramita em segredo de Justiça, e o g1 não conseguiu contato com a defesa de Camila.

O juiz também determinou que o Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac) envie o prontuário médico da acusada, já que há informações de que ela tem diagnóstico de transtorno bipolar. Familiares afirmam que Camila já havia feito tratamento, mas estava sem acompanhamento médico e sem tomar os medicamentos há algum tempo.

Entenda o caso

De acordo com parentes, Camila e Ramon moravam com a mãe, de 64 anos, que não estava em casa no momento do crime. A acusada teria trancado as portas e janelas da casa antes de chamar o irmão para um dos cômodos, impedindo sua fuga e a entrada de qualquer outra pessoa. A filha de Camila, uma menina de apenas 6 anos, presenciou toda a cena.

Segundo relatos da família, Camila usou uma faca para desferir 37 golpes em Ramon, sendo 12 deles diretamente no coração. Vizinhos acionaram a polícia, e Camila foi presa em flagrante no local. A filha da acusada foi socorrida por moradores até a chegada de outros familiares, visivelmente abalada pelo ocorrido.

Camila permanece presa preventivamente na penitenciária feminina de Rio Branco desde o dia do crime. A brutalidade do caso chocou a comunidade local e chamou atenção pelas circunstâncias que envolvem problemas de saúde mental e violência familiar.

Com informações do G1 Acre.

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