A Globo vai colocar no ar um romance que tem tudo para mexer com o público – e com os preconceitos: em “Três Graças”, novela das nove que estreia em novembro, Léo Ferretti (Pedro Novaes), filho do grande vilão da história, vai se apaixonar por Viviane Martins, personagem interpretada por Gabriela Loran, mulher trans e uma das figuras mais cativantes da trama de Aguinaldo Silva.
Léo é o típico herdeiro mimado: ambicioso, mulherengo e convencido de que herdará o trono do pai, o poderoso e corrupto Santiago Ferretti (Murilo Benício). Viviane é o oposto disso. Farmacêutica batalhadora, carismática e cheia de vida, é uma figura querida na comunidade onde nasceu e cresceu ao lado da protagonista Gerluce (Sophie Charlotte). A conexão entre os dois começa de forma improvável, mas logo vira paixão.
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O envolvimento entre eles não será tratado como fetiche ou tabu, mas como uma história de amor real, com conflitos, descobertas e resistência. Viviane, que já enfrentou de tudo para viver com dignidade e verdade, se vê apaixonada por um homem que foi criado num ambiente de privilégios e preconceito. E Léo, apesar do deslumbramento inicial, vai ter que escolher entre seguir o caminho fácil traçado pelo pai — ou abrir mão de tudo para viver esse amor.
A escolha da atriz trans Gabriela Loran para o papel de Viviane é um passo importante na representação de pessoas trans em papéis de protagonismo afetivo na televisão. Viviane não é uma personagem construída em cima da dor, mas da potência. Ela é divertida, bem resolvida, empática e, acima de tudo, uma mulher que sabe o que quer — inclusive no amor.