Suspeito de facilitar ataque hacker de R$ 1 bi é preso pela Polícia Civil em SP

Suspeito de facilitar ataque hacker de R$ 1 bi é preso pela Polícia Civil em SP

Um suspeito de envolvimento em um dos maiores crimes cibernéticos contra o sistema financeiro do país foi preso nesta sexta-feira (04/7), em São Paulo. A Polícia Civil confirmou que o homem teria colaborado com o ataque hacker à empresa de tecnologia C&M, que atua como intermediária em transações via Pix e liga instituições financeiras ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). O prejuízo estimado com o ataque ultrapassa R$ 1 bilhão.

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A prisão foi realizada por agentes do antigo Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), após operação deflagrada durante a manhã. Segundo informações preliminares, o homem detido trabalhava como terceirizado na C&M há três anos. Ele teria admitido, em depoimento à polícia, que recebeu uma proposta de R$ 5 mil para fornecer informações de acesso à infraestrutura da empresa. O contato inicial teria ocorrido em março, na saída de um bar, quando ele foi abordado por um desconhecido que demonstrou interesse nos sistemas da companhia.

Ainda de acordo com o depoimento, o suspeito informou que uma nova abordagem foi feita posteriormente via aplicativo de mensagens. Nessa ocasião, o criminoso teria solicitado que ele fornecesse um login e senha que permitissem o acesso à estrutura de pagamentos utilizada pela C&M, comprometendo assim a segurança de dados e sistemas bancários de diversas instituições financeiras conectadas à rede da empresa.

BC solicitou medidas de contenção
A Delegacia de Crimes Cibernéticos de São Paulo foi acionada para coordenar a investigação e rastrear os valores desviados no ataque. O Banco Central determinou preventivamente que a C&M suspendesse o acesso dos clientes à sua plataforma como medida de contenção. A empresa atua como elo entre bancos e o BC no SPB, possibilitando o tráfego de dados e transações por meio do Pix. As autoridades também investigam a possível existência de outros colaboradores no esquema.

A BMP, principal cliente afetado pela invasão, afirmou que a falha de segurança permitiu o acesso indevido à sua conta reserva, além das contas de outras cinco instituições. A empresa reforçou, no entanto, que nenhum cliente final foi impactado financeiramente.

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