Laurisley Fideles Mariano, de 30 anos, apontado como um dos fundadores de uma facção criminosa que atua no Acre, foi preso na tarde da última quarta-feira (16) no Morro da Serrinha, zona norte do Rio de Janeiro. Considerado um dos foragidos mais perigosos do estado, ele foi capturado após uma operação conjunta entre a Polícia Militar do Rio de Janeiro (PM-RJ) e a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) do Acre.
De acordo com a Polícia Civil acreana, Laurisley tem envolvimento direto em diversos homicídios e tentativas de assassinato, além de atuar como liderança em uma organização criminosa com ramificações interestaduais.
As investigações que levaram à prisão começaram ainda no fim de 2024, com o monitoramento de pichações e outras movimentações criminosas em bairros de Rio Branco. Em 2025, a DHPP intensificou o trabalho de inteligência, o que resultou na identificação da localização do foragido.
Durante a abordagem, Laurisley tentou fugir pela Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, e apresentou um nome falso aos policiais. No entanto, sua identidade foi confirmada após contato com a polícia do Acre. Ele foi encaminhado ao 21º Distrito Policial de Bonsucesso, onde ficou preso à disposição da Justiça. Contra ele havia um mandado de prisão expedido por envolvimento com organização criminosa e homicídios.
As investigações revelaram ainda que Laurisley era parceiro de Geremias Lima de Souza, outro criminoso de alta periculosidade, morto em dezembro de 2024 em frente à delegacia da Cidade do Povo, em Rio Branco. Na ocasião, Geremias tentava executar um integrante de uma facção rival. Enquanto isso, Laurisley permanecia escondido no Rio, atuando como ligação entre os dois grupos criminosos.
“A captura representa um marco importante na luta contra o crime organizado no Acre. É resultado de um trabalho de inteligência, da integração entre forças de segurança e da persistência da nossa equipe da DHPP”, destacou o delegado-geral da Polícia Civil do Acre, José Henrique Maciel.
A Polícia Civil já iniciou os trâmites para a transferência de Laurisley ao Acre, onde ele deve responder formalmente pelos crimes que lhe são atribuídos.