Na manhã desta terça-feira, 22 de julho, uma moradora da Travessa Sinval Gouveia, no bairro Bosque, em Sena Madureira, procurou as autoridades para denunciar a situação de risco vivida por sua família em razão da presença de três cães da raça pitbull, criados em condições inadequadas por um vizinho de seu pai, um idoso de 78 anos. A residência fica ao lado do supermercado Madureira 2.
Segundo a denunciante, os animais têm demonstrado comportamento agressivo e já invadiram o quintal da residência de seu pai em pelo menos duas ocasiões. No último episódio, ocorrido no sábado (19), o caso foi tão grave que a família precisou acionar o Corpo de Bombeiros para conter o cão que havia arrombado a cerca e entrado no terreno.
“Ficamos presos por mais de uma hora esperando os bombeiros chegarem para retirar o cachorro. Estavam comigo meu pai, meu esposo, meu sobrinho, a esposa dele, uma criança e todos corremos perigo”, relatou a moradora.
A mulher afirma já ter registrado um boletim de ocorrência sobre o caso, mas se sentiu desamparada após procurar a delegacia nesta terça-feira. Segundo ela, o delegado de plantão não a ouviu e pediu para um policial encaminhá-la à Vigilância Sanitária ou ao setor de zoonoses. “A gente tenta resolver da melhor forma possível e ninguém dá apoio. E quando a tragédia acontece, já é tarde demais”, desabafou.
Ela também denuncia que os donos dos animais viajam frequentemente e deixam os cães sozinhos por vários dias, o que agrava ainda mais a situação. “Eles passam mais de três dias fora de casa. Os cachorros ficam lá, com fome e sede, virando bicho, quebrando a cerca para tentar pegar até as galinhas do meu pai. O cachorro chegou a tentar pular a janela”, contou.
Ainda de acordo com a denunciante, o imóvel onde os pitbulls são criados é alugado, e a estrutura da cerca, já comprometida, não oferece segurança. “Já é a segunda vez que isso acontece e nada foi feito. A cerca está podre, e não dá pra criar três pitbulls ali dentro.”
Indignada com a falta de providências, ela cobra uma ação mais firme das autoridades, inclusive a intimação do dono dos cães, para que reforme a cerca ou se mude para um local apropriado. “Será que a justiça não pode resolver isso antes que uma tragédia aconteça?”, questiona.