No intenso jogo da política, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tem se movimentado entre a lealdade a Jair Bolsonaro e a busca por um pragmatismo que lhe garanta futuro.
A dança de Tarcísio ficou mais evidente após o anúncio do “tarifaço” de Donald Trump, quando deixou de se posicionar de pronto para adotar uma postura cautelosa.
Suas decisões recentes, que incluiu um encontro com Bolsonaro e outros governadores da mesma tinta, gerou um paradoxo. Enquanto cobrava o governo Lula por uma resposta às tarifas americanas, Tarcísio e os demais governadores faltaram a uma reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin, que tinha como objetivo exatamente discutir soluções para a crise.
A atitude, que denota uma articulação mais política do que técnica, é vista por analistas como uma “má política”, que prioriza o tensionamento em detrimento do diálogo.
Nesse cenário, Gilberto Kassab, presidente do PSD e aliado de Tarcísio, surge como um contraponto. Ao aceitar um convite para almoçar com o presidente Lula, Kassab mostra a “boa política” do diálogo e da busca por consensos, mesmo estando em campos opostos.
A atitude de Kassab, que se distanciou da postura de Tarcísio de Freitas, reforça o dilema do governador de São Paulo: ser o herdeiro político de Bolsonaro ou construir um caminho próprio, pautado pela governabilidade e pelo diálogo
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