O governo do Acre decretou situação de emergência em todo o estado por conta da forte estiagem e do aumento das temperaturas. A medida foi oficializada nesta quarta-feira (6) com a publicação do Decreto nº 11.733, assinado pelo governador Gladson Cameli. O decreto tem validade de 180 dias.
A decisão ocorre após o Acre enfrentar, entre 2023 e 2024, uma das piores crises hídricas de sua história, agravada pelo fenômeno climático El Niño. A falta de chuvas causou a queda significativa no nível dos principais rios que cortam o estado, prejudicando o abastecimento de água e a logística em diversas regiões.
Em 2025, o cenário se manteve crítico. O primeiro semestre teve chuvas abaixo da média, e o período entre maio e novembro, que já é naturalmente seco, tem apresentado baixa umidade, altas temperaturas e ventos fortes, o que agrava ainda mais a situação dos rios.
Entre as consequências imediatas estão a crise no abastecimento de água, dificuldade de navegação nos rios – o que isola comunidades –, perdas na agropecuária com morte de animais e lavouras comprometidas, além de riscos à alimentação escolar em áreas mais atingidas.
Diante do cenário, a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDC) tem atuado com ações emergenciais em parceria com os municípios, o governo federal e demais órgãos estaduais. Entre as medidas adotadas estão o envio de ajuda humanitária, suporte logístico às regiões isoladas e o planejamento de ações para minimizar os impactos nas áreas mais afetadas.
Com o decreto, os órgãos do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC) no Acre estão autorizados a prestar apoio suplementar às localidades em situação crítica, sempre sob coordenação da CEPDC.