A deputada federal Carla Zambelli (PL), presa na Itália, participou nesta quarta-feira (13/8) de uma audiência no Tribunal de Apelações de Roma, que decidiria se ela poderia aguardar em liberdade o processo de extradição ao Brasil.
Ao chegar ao tribunal, Zambelli alegou mal-estar, e uma médica chegou a ser chamada para examiná-la. O juiz responsável pela sessão, no entanto, determinou a realização de uma perícia médica e remarcou a audiência para o dia 27 de agosto. Dessa forma, a parlamentar seguirá detida até a nova data.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Carla ZambelliFoto: Mário Agra/Câmara dos Deputados Carla Zambelli escreveu carta nesta terça-feira (5/8)Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados/Redes Sociais/Montagem Carla Zambelli (PL/SP)Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputadfos Carla ZambelliReprodução: Globo PT pressiona Mesa Diretora da Câmara para protocolar a cassação de Carla ZambelliReprodução: Agência Brasil
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A defesa da deputada apresentou pedidos de soltura com base em questões de saúde, além de argumentar que o governo brasileiro não havia solicitado prisão preventiva. Em entrevista após a sessão, os advogados de Zambelli declararam acreditar que a libertação dela pode ocorrer “a qualquer momento”.
A Corte Suprema da Itália, contudo, já definiu que um pedido de prisão na lista vermelha da Interpol, como é o caso de Zambelli, tem efeito equivalente a um pedido internacional de prisão. O Tratado de Extradição entre Itália e Brasil, em seu artigo 13,2, reforça essa equivalência entre medidas cautelares solicitadas via Interpol e pedidos formais de prisão preventiva.
Carla Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Pouco depois da condenação, ela deixou o país e se dirigiu à Itália, onde foi presa no final de julho, após expedição de mandado pelo ministro Alexandre de Moraes.