O estado do Acre enfrenta uma preocupante escalada nos casos de dengue em 2025. Segundo o último Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), entre as semanas epidemiológicas 1 e 32 já foram confirmados 6.880 casos da doença, representando um aumento de 120% em comparação com o mesmo período de 2024, quando haviam sido registrados 3.123 casos.
O número de casos prováveis também revela um cenário alarmante: 8.984 notificações foram feitas até o momento, contra 3.954 no ano passado. Ao todo, o estado notificou 26.077 ocorrências suspeitas de dengue em 2025, das quais 17.093 foram descartadas e 2.104 ainda estão em investigação. O índice de confirmação atual é de 25,62% dos casos analisados.
Regiões Mais Afetadas
A região do Baixo Acre concentra a maior parte dos casos confirmados, com 3.481 registros, sendo 2.376 somente em Rio Branco, a capital. Em seguida, a região do Juruá/Tarauacá/Envira soma 3.244 confirmações. A regional do Alto Acre apresenta o menor número de casos confirmados, com 155 registros.
De acordo com o boletim, 63,4% dos casos foram confirmados por exames laboratoriais, enquanto os outros 36,6% foram validados por critério clínico-epidemiológico.
Vacinação Estagnada
Um dos fatores que mais preocupa as autoridades é a baixa adesão à campanha de vacinação contra a dengue, que teve início em 16 de fevereiro de 2025, em 11 municípios do estado. A ação é voltada a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. No entanto, nenhum município do Acre alcançou 50% de cobertura vacinal completa.
Os municípios com os menores índices de vacinação são:
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Tarauacá: 2,65%
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Cruzeiro do Sul: 4,72%
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Rio Branco: 5,08%
Especialistas em saúde alertam para a necessidade urgente de ampliar as ações de prevenção, intensificar o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, e aumentar a adesão da população às campanhas de vacinação e conscientização.
Ações Reforçadas
A Sesacre informou que está ampliando a vigilância epidemiológica e reforçando as estratégias de combate ao vetor, especialmente nas regiões mais críticas. A recomendação é que a população continue eliminando focos de água parada, utilize repelentes e busque atendimento médico aos primeiros sintomas de febre, dor no corpo e manchas vermelhas na pele.